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Green Hornet/Miss Fury #1 - Crítica

 Green Hornet/Miss Fury #1: Uma Aventura Pulp com Espaço para Melhorias

Green Hornet/Miss Fury #1, lançado em 8 de janeiro de 2025, coloca os leitores diretamente na ação, com os heróis principais, Green Hornet e Miss Fury, cercados por uma gangue de criminosos dentro de uma tenda de circo. A edição estabelece o tom logo de início, destacando o mundo de alto risco dos vigilantes pulp. Green Hornet, também conhecido como Britt Reid, e Miss Fury, também conhecida como Marla Drake, rapidamente são superados pelo grande número de adversários. Embora habilidosos, os heróis estão prestes a levar uma surra até que Kato, o fiel parceiro de Green Hornet, chega ao volante de seu icônico veículo, The Black Beauty. O trio consegue escapar, deixando a gangue para trás.

Por meio de diálogos afiados, os leitores descobrem que Miss Fury vem seguindo Green Hornet em sua investigação para descobrir quem "matou" seu mentor, Silver Shrike. Esse mistério serve como a espinha dorsal da trama, enquanto os heróis tentam desvendar a verdade por trás do desaparecimento de Shrike.

Uma Retrospectiva de uma História Compartilhada

A edição mergulha em um flashback que revela detalhes importantes sobre o passado de Green Hornet. Silver Shrike, um político cubano exilado, havia salvado Green Hornet de um envenenamento fatal durante uma batalha perigosa. Os dois heróis formaram uma aliança, e Green Hornet aprendeu muito sobre a vida de vigilante com Shrike. No entanto, com o misterioso desaparecimento de Silver Shrike, Green Hornet fica encarregado de investigar os últimos dias de seu mentor. Um bilhete encontrado no último esconderijo conhecido de Shrike parece indicar que o vigilante estava tentando comunicar algo importante antes de desaparecer. No entanto, Britt Reid acredita que o bilhete foi forjado para enganá-los, adicionando mais uma camada de mistério à história.

Um Baile de Caridade e a Investigação de Crimes

A narrativa continua a se desenrolar quando Britt Reid e Marla Drake se cruzam em um baile de caridade, onde a tensão entre os dois é palpável. Reid deduz que Marla é, na verdade, Miss Fury depois que ela usa uma expressão que Miss Fury havia utilizado durante a luta deles na tenda de circo. O evento serve como uma plataforma para os personagens interagirem com várias elites, membros da polícia e o prefeito, enquanto coletam informações sobre recentes ataques a vigilantes. Quando os heróis descobrem que outro vigilante mascarado, Mr. Q, quase foi morto, eles rapidamente trocam de roupa e continuam a busca por respostas.

Green Hornet recorre a métodos brutais, interrogando uma bar cheia de criminosos em busca de informações. No entanto, suas táticas agressivas causam atrito entre ele e Kato. Essa tensão estabelece um palco para futuros conflitos entre os dois, especialmente à medida que a história avança. Mais tarde, Green Hornet visita Mr. Q no hospital, esperando encontrar pistas sobre quem está atrás dos vigilantes. A conversa revela que Silver Shrike pode estar vivo, e que encontrá-lo deve ser a próxima prioridade dos heróis.

A edição conclui com um tenso confronto, onde Miss Fury, Green Hornet e a polícia convergem para um esconderijo, apenas para descobrir que era uma armadilha.

Primeiras Impressões: Um Conceito Forte, mas Execução Falha

Embora o conceito de Green Hornet/Miss Fury #1 seja atraente, especialmente com seu foco em vigilantes mascarados sendo caçados por um inimigo misterioso, a execução deixa a desejar. Alex Segura e Henry Barajas criam uma aventura empolgante e específica para a época, que mergulha no rico histórico de heróis pulp, mas o fluxo narrativo é desajeitado e desconexo.

Um dos maiores problemas da história é a falta de coesão. A edição começa com uma sequência de ação abrupta e desconexa na tenda de circo, e o diálogo tentando explicar como os heróis chegaram até ali soa desajeitado. Surgem muitas perguntas: Por que Miss Fury acha que seu mentor está morto? Green Hornet estava na tenda de circo para se encontrar com Miss Fury ou isso foi um acidente? Se o objetivo era discutir o desaparecimento de Silver Shrike, por que o encontro foi agendado em um local tão caótico?

Além disso, o diálogo entre os personagens é truncado e pouco natural. Muitas conversas parecem cortadas e apressadas, o que faz o leitor ter dificuldade para entender as motivações dos personagens. O ritmo da história também é problemático, com cenas se arrastando sem contribuir muito para o enredo. Por exemplo, a cena do baile de caridade, embora ofereça um vislumbre das dinâmicas sociais da época, se torna excessiva e desnecessária no contexto mais amplo da investigação.

A Arte: A Estreia Dinâmica de Federico Sorressa

No que diz respeito aos visuais, Federico Sorressa faz sua estreia na cena indie com Green Hornet/Miss Fury #1, e sua arte traz uma energia fresca e dinâmica para a edição. O estilo de Sorressa apresenta um semi-realismo que combina bem com a estética pulp dos anos 1940. Sua coreografia de ação é sólida, e o uso de texturas de pincel de carvão nos desenhos adiciona uma sensação de rugosidade, criando um clima antigo que se encaixa bem no espírito da época.

No entanto, embora a arte seja geralmente boa, há momentos em que ela não corresponde à intensidade da história. As disposições dinâmicas dos painéis ajudam a manter o ritmo da ação, mas algumas sequências parecem estáticas, faltando o impacto que uma história com stakes tão altos exige.

Pontos Positivos e Negativos da História

Positivos:

  1. Conceito Engajador: O conceito central de vigilantes mascarados sendo caçados é um gancho forte. A inclusão de heróis mais velhos e do domínio público, como Green Hornet e Miss Fury, oferece uma abordagem refrescante do gênero e abre espaço para novas histórias além do que os grandes editores oferecem.

  2. Apelo Histórico: O cenário e o uso de detalhes específicos da época ajudam a imergir os leitores no clima dos anos 1940, fazendo a história parecer autêntica e enraizada em seu tempo.

Negativos:

  1. Fluxo Narrativo: A história sofre com transições bruscas e falta de clareza na estrutura do enredo. Algumas cenas parecem deslocadas, e o diálogo falha em estabelecer interações naturais entre os personagens, criando uma leitura desorganizada.

  2. Exposição Excessiva: Algumas cenas, como a do baile de caridade e o interrogatório no bar, são prolongadas demais e não avançam o enredo. Essas seções poderiam ser enxugadas para manter o ritmo.

  3. Questões Não Resolvidas: Vários pontos da trama ficam em aberto, como as motivações de Miss Fury e a verdadeira natureza da morte de seu mentor. Isso deixa o leitor com mais perguntas do que respostas ao final da edição, o que pode ser frustrante para alguns.

Uma Série com Potencial

Embora Green Hornet/Miss Fury #1 esteja longe de ser perfeito, ele apresenta um potencial significativo. O conceito central de vigilantes sendo caçados por um inimigo perigoso é forte, e os personagens têm um histórico rico e intrigante. No entanto, a execução da história deixa muito a desejar, com ritmo irregular, diálogos artificiais e uma narrativa que às vezes parece desconexa.

Com melhorias no diálogo, ritmo e transições de cena, esta série pode evoluir para se tornar uma adição memorável ao gênero de super-heróis pulp. Fãs de heróis do domínio público e do mundo sombrio dos vigilantes dos anos 1940 encontrarão algo de interessante aqui, mas se a série realmente irá aproveitar todo seu potencial, ainda está por ser visto.

Green Hornet/Miss Fury #1 é um começo promissor, mas precisa de refinamento para atingir seu verdadeiro potencial.

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