O documentário “In Restless Dreams: The Music of Paul Simon”, dirigido por Alex Gibney, é uma obra extensa com três horas e meia de duração. Este fato pode ser intimidante à primeira vista, mas o filme é uma joia para os admiradores de Paul Simon, oferecendo uma experiência imersiva que nenhum fã deveria perder. A preocupação surge, no entanto, com a falta de um distribuidor após sua estreia no Festival de Cinema de Toronto, e a duração de 209 minutos pode parecer desafiadora para alguns espectadores.
Gibney, reconhecido por sua versatilidade e maestria no gênero documental, tem em seu portfólio obras impactantes sobre temas variados, desde Scientology até a crise dos opioides e figuras como Julian Assange e Hunter S. Thompson. Seus documentários musicais, como “Sr. Dynamite: The Rise of James Brown” e “Sinatra: All or Nothing at All”, são expressões de sua paixão pelo tema. O último, com quatro horas de duração, foi adaptado para a HBO e dividido em duas partes, o que facilitou sua recepção pelo público.
Quanto a “Graceland”, o álbum de Paul Simon que contou com a colaboração de músicos sul-africanos, apesar das críticas por supostamente romper o boicote ao regime do apartheid, Simon defende que sua intenção era conectar-se com os artistas negros sul-africanos e apoiar sua luta. Longe de endossar o regime, “Graceland” pode ser visto como uma obra que contribuiu significativamente para o movimento anti-apartheid.