Dawnrunner #1 - HQ - Crítica

 


Dawnrunner #1” surge como uma obra cinematográfica que também serve de crítica social, trazendo uma narrativa repleta de ação onde mechas gigantescos enfrentam monstros colossais. 

A história nos leva por um caminho de dominação corporativa e a fascinação humana por competições violentas.

Há quase um século, as terríveis criaturas conhecidas como “Tetzas” emergiram, colocando em risco a existência humana. Enquanto as nações debatiam sobre como reagir, cinco corporações tomaram a frente, criando os poderosos Reis de Ferro - mechas pilotados por humanos - para combater esses formidáveis inimigos e conquistar o controle global. No primeiro volume, somos introduzidos a um mundo transformado e a Anita Marr, uma piloto excepcional cujo número de abates a coloca no topo das classificações.

A premissa de monstros ameaçadores e mechas como a última linha de defesa da humanidade pode não ser inédita, mas “Dawnrunner” adiciona camadas de novidade que mantêm a trama fresca e vibrante. 

O fim do mundo como ameaça parece ser coisa do passado; agora, o planeta opera sob o domínio corporativo, e o abate de Tetzas tornou-se um espetáculo televisivo que atrai aplausos e fãs para os pilotos que enfrentam os monstros por esporte.

O roteiro de Ram V navega habilmente entre o sucesso comercial e a profundidade narrativa, evitando que o estilo ofusque a substância da obra. Anita Marr, a protagonista, é intrigante, e há uma expectativa de que as edições futuras aprofundem seu caráter, já que este volume se concentra em estabelecer o cenário. O gancho no final promete elementos mais intelectuais nas próximas edições, deixando os leitores ansiosos pela continuação.

Evan Cagle, responsável pela arte e pela capa impressionante, junto com o colorista Dave Stewart, formam uma dupla dinâmica cujo trabalho imerge os leitores em um mundo visualmente rico e detalhado, prometendo uma experiência imersiva e memorável.

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