Alone in the Dark (PlayStation 5) - Análise

 


Os anos 20 ressurgem, trazendo consigo uma atmosfera densa que paira sobre os pântanos do sudeste americano. O crepúsculo derrama sua luz âmbar sobre um cenário desolador de árvores definhadas e terrenos lamacentos. Emily, apreensiva, se une ao detetive Edward em uma jornada rumo a uma instituição psiquiátrica isolada, encravada na umidade dos arredores de Nova Orleans.


A missão de Emily é encontrar seu tio, outrora ostracizado pela família. No entanto, a tarefa se revela árdua: o tio sumiu sem deixar vestígios e a clínica é palco de ocorrências bizarras. Habitada por figuras de comportamento excêntrico, a clínica se torna ainda mais enigmática quando Emily e Edward passam a escutar murmúrios emanando de uma árvore colossal no jardim e a ter visões perturbadoras.

 A noite promete ser repleta de mistérios, terror e desafios à própria lucidez. Enquanto isso, posiciono-me diante da tela, antecipando com entusiasmo: os momentos iniciais capturam com maestria a essência do horror gótico, enriquecido por nuances de filme noir! “Alone in the Dark” estabelece desde o início um tributo ao seu antecessor de 1992, pioneiro do gênero survival horror, reinventando-o com os avanços que o gênero acumulou ao longo dos anos.

As batalhas, embora presentes, não dominam a experiência do jogo, e eu pessoalmente preferiria que fossem opcionais. Para atenuar a frustração gerada por limitações técnicas, sugiro ajustar a dificuldade dos combates para o nível fácil, mesmo que isso atenue o senso de perigo. Seria lamentável que tais obstáculos impedissem a apreciação de um jogo tão envolvente. A trilha sonora vibrante de jazz, as transições inesperadas de cenário, os enigmas intricados entre personagens enigmáticos, as lembranças turvas de traumas esquecidos e os eventos sobrenaturais, todos contribuem para um thriller policial gótico de primeira, com um toque distinto de filme noir.

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