Marmalade (2024) - Crítica

Barão (Joe Keery, de Stranger Things) é um ladrão de banco atrapalhado e bem-intencionado que acaba na cadeia junto com o veterano Otis (Aldis Hodge). Logo no primeiro dia, Barão já está planejando uma fuga. 

O diretor e roteirista Keir O'Donnell opta por não revelar logo de cara o motivo da prisão de Barão, mas sim mostrar em um ritmo ágil e envolvente como ele foi capturado e processado. Assim, ele estabelece o clima da narrativa, que mistura humor e tensão.


Marmalade não é uma história convencional, apesar de começar com um clichê: "Era uma vez". Essa frase é logo interrompida por outro personagem, que avisa que não há espaço para sentimentalismos nesse filme. 


No entanto, Marmalade surpreende ao subverter as expectativas, mesmo quando parece seguir um caminho previsível. O'Donnell nos engana com uma falsa sensação de segurança, fazendo-nos pensar que já sabemos tudo sobre o filme e até nos deixando relaxar diante dos acontecimentos esperados, até que nos obriga a ficar atentos e curiosos novamente.


A primeira parte do filme se concentra no relato de Barão sobre seu romance com Marmalade, que culmina no assalto que o leva à prisão. Nesse momento, é fácil adivinhar o que O'Donnell quer nos mostrar. Há indícios de que o relacionamento de Barão com Marmalade não é tão perfeito quanto ele pensa, como o sumiço dos remédios da mãe de Barão e as atitudes contraditórias de Marmalade.

Eu confesso que nessa parte eu quase perdi o interesse pelo filme. As atuações eram boas, mas a trama parecia óbvia. Porém, foi aí que O'Donnell mudou o jogo e transformou Marmalade em um suspense cheio de reviravoltas, onde nada é o que parece.

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