Ennio (2024) - Crítica

 

Lições de Cinema: Entre o Paladar e a Imaginação

"O Gosto das Coisas", o mais recente filme de Trần Anh Hùng, nos convida a uma jornada sensorial através da culinária e da vida na França dos anos 80. A mansão de Dodin (Benoît Magimel), um gourmet dedicado, serve como palco para uma deliciosa dança entre ele e sua cozinheira Eugénie (Juliette Binoche). As fronteiras sociais se dissolvem na cozinha, onde os dois se unem na criação de pratos requintados, culminando em um jantar memorável preparado por Dodin para Eugénie.

Comida como Linguagem:

O filme explora a comida como linguagem de amor, expressão e conexão. A meticulosa preparação de cada prato revela a paixão e o cuidado de Dodin e Eugénie. 

A cena do jantar, em particular, é uma ode à beleza e ao sabor, com Eugénie apreciando cada mordida com deleite.

A Música de Morricone:

Em "Ennio", Giuseppe Tornatore celebra a vida e obra do lendário compositor Ennio Morricone. O documentário é extenso e reverencial, revelando a profunda influência de Morricone no cinema. A trilha sonora de "Era uma vez na América", tocada no set durante as filmagens, é um exemplo da capacidade de Morricone de infundir emoções nos atores.

O Prazer da Imaginação:

O autor confessa ter um pôster do filme "O Clã Siciliano", mas nunca o ter assistido. Ele prefere manter a imagem idealizada do filme em sua mente, apreciando a música de Morricone e imaginando a história.

A Beleza do Inatingível:

Para o autor, a agonia mais alegre do cinema reside em imaginar os filmes que nunca veremos. Essa fascinação pelo inatingível alimenta a imaginação e nos permite criar nossas próprias histórias.

Reflexão:

"Lições de Cinema" é um texto que nos convida a refletir sobre o poder do cinema de despertar os nossos sentidos e a nossa imaginação. Através da comida, da música e da imaginação, o autor nos leva a uma jornada imersiva e inspiradora.

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