The Woman in the Wall (2024- ) - Crítica

Em "The Woman in the Wall", série da Showtime criada por Joe Murtagh, roteirista indicado ao BAFTA por "Calm With Horses" (2019), acompanhamos a história de Lorna Brady (Ruth Wilson), uma mulher que vive em Kilkinure, uma cidade fictícia e sombria na Irlanda, em 2015. 

Logo no primeiro episódio, vemos Lorna acordar no meio de uma estrada, vestindo apenas uma camisola branca, após um episódio de sonambulismo.


 Ela ignora as vacas e os vizinhos curiosos que encontra pelo caminho e tenta retomar sua rotina como costureira, mas um bilhete misterioso sobre sua filha desaparecida há anos a leva a uma investigação surpreendente. Ela descobre que sua vida está ligada a um passado de crimes, tráfico de crianças e abusos cometidos por religiosos, e que há um corpo escondido em sua casa.

A série se desenvolve em um ritmo lento, com muitas cenas de exposição e pouca ação, mas o episódio 4, intitulado "The Cruelty of Man", revela a brutalidade que Lorna e outras mulheres sofreram nas mãos de freiras e padres.

Enquanto algumas tentam esconder seu trauma, ou aparentam ser mais vulneráveis do que perturbadas, Lorna se entrega à sua dor, movida pelo ódio, amargura e vingança. Sua atuação é intensa e cativante.

No entanto, o maior problema da série é que ela mistura muitos elementos de gênero desnecessários, que tornam a trama confusa e pesada. A história central já é interessante o suficiente, mas a série se perde ao tentar explorar diferentes personagens e subtramas, além de inserir aspectos de terror que não se encaixam bem. A série poderia ser mais enxuta e focada se eliminasse esses excessos.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem