O caso de Denise Huskins, que foi sequestrada e estuprada em 2015, lembra muito o enredo do filme "Gone Girl", dirigido por David Fincher em 2014, que se baseou no livro homônimo de Gillian Flynn de 2012.
No filme, Amy, interpretada por Rosamund Pike, é a esposa de Nick, vivido por Ben Affleck, que a trai com uma aluna. Quando a casa deles é invadida e Amy some, Nick vira o principal suspeito e a mídia faz um escândalo sobre o caso. Atenção: spoiler. Amy volta para casa, dizendo que foi sequestrada e violentada, mas a polícia duvida da sua versão.
Em março de 2015 - apenas meio ano depois do lançamento de "Gone Girl" - Aaron Quinn, de 30 anos, liga para a polícia de Vallejo, na Califórnia, para dizer que sua namorada de 29 anos, Huskins, foi raptada. Quinn também vira o principal suspeito e a mídia acompanha o caso de perto. Quando Huskins reaparece, contando que foi sequestrada e estuprada, a polícia não acredita nela.
Na terceira parte, "Os Outros", somos apresentados a Misty Carausu, uma ex-detetive da polícia de Dublin, na Califórnia, que participou da prisão de um tal Matthew Muller por um crime parecido. Carausu percebeu as semelhanças com o rapto de Huskins e nos diz: "Eles estavam chamando essa mulher de mentirosa na TV nacional, mas eu só queria atravessar a tela do computador, abraçá-la e dizer: 'Eu te salvei'."
Ficamos sabendo que a cidade de Vallejo pagou US$ 2,5 milhões para encerrar o processo movido por Huskins e Quinn. Depois de ver o que eles sofreram, esse valor parece pouco.