Faraway Downs (2023- ) - Crítica

 Faraway Downs: Uma história australiana

A minissérie Faraway Downs, dirigida por Baz Luhrmann, é um épico romântico que conta a história de Lady Sarah Ashley (Nicole Kidman), uma aristocrata inglesa que viaja para a Austrália para convencer seu marido a vender o rancho titular. Lá, ela se apaixona por um tropeiro chamado Drover (Hugh Jackman), e os dois embarcam em uma jornada que mudará suas vidas para sempre.

A série é uma expansão do filme de Luhrmann de 2008, Austrália, e adiciona novas cenas, personagens e detalhes à história. Isso permite que Luhrmann explore temas e ideias que não puderam ser abordados no filme, como o legado da colonização britânica na Austrália e a história do povo aborígene.

A premissa básica da história é familiar: uma mulher branca privilegiada se apaixona por um galã robusto e descobre sua própria identidade no processo. Mas Luhrmann infunde a história com sua marca registrada de estilo e exuberância. As cenas são exuberantes e coloridas, e a música é dramática e poderosa.

A série também é notável por seu retrato do povo aborígene. Em contraste com o filme, que foi criticado por romantizar a experiência dos aborígenes, a série apresenta uma visão mais complexa e matizada. Os aborígenes são mostrados como seres humanos complexos e resilientes, que enfrentaram séculos de discriminação e opressão.

No entanto, a série ainda é limitada em sua representação do passado da Austrália. O colonialismo britânico é retratado como uma força benigna que trouxe a civilização para um continente selvagem. Os aborígenes são mostrados como vítimas passivas da história, em vez de agentes ativos de seu próprio destino.

No final, Faraway Downs é uma obra de arte ambiciosa e visualmente deslumbrante. É uma história de amor, aventura e descoberta, mas também é uma exploração complexa do passado e do presente da Austrália.