Joan Baez I Am A Noise (2023) - Crítica

 O título do documentário "I Am a Noise" pode parecer estranho para quem conhece a voz de Joan Baez. Afinal, sua voz é considerada uma das mais belas da música popular. Mas a autodescrição de Baez vem de um diário que ela escreveu quando era adolescente.

Desde cedo, a cantora estava engajada e séria; o primeiro desses diários que ela manteve durante toda a vida foi intitulado "No que eu acredito".

O filme, que tem três diretores, baseia-se em imagens compiladas e filmadas ao longo da vida. A história começa com Baez consultando um treinador de voz enquanto se prepara para sua turnê de despedida, realizada em 2019.

Em filmagens caseiras, Baez fala de uma mãe "linda" e de um pai acadêmico que estava determinado a fazer com que suas filhas vissem o mundo e passassem a apreciar a beleza de seus lugares e povos díspares. Baez era uma criança imaginativa, criativa, mas ansiosa, para quem tocar violão e cantar eram formas de fuga. Ela começou a se apresentar na adolescência e descobriu que tocar para o público era uma fuga e um abraço.

"Não sou muito boa com relacionamentos um-a-um, sou boa com relacionamentos um-a-dois mil", ela diz em determinado momento do filme.

Baez fala abertamente sobre sua vida pessoal e profissional. Ela discute sua rivalidade com a irmã mais nova, Mimi, que se tornou Mimi Fariña e se tornou metade de uma dupla folk com o lendário e inconstante cantor/compositor/romancista Richard Fariña. Mimi morreu tragicamente em um acidente de carro em 1966, quando tinha apenas 27 anos.

"I Am a Noise" é um retrato íntimo e honesto de uma das artistas mais importantes da história da música. É um filme que vai tocar o coração de fãs de Baez e de todos os que se interessam por música, política e cultura.

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