Minamata Mandala (2023) - Crítica

 Em seu documentário Minamata Mandala, o diretor japonês Kazuo Hara explora as consequências da doença de Minamata, um distúrbio neurológico causado por envenenamento por mercúrio.

A doença foi descoberta pela primeira vez na cidade japonesa de Minamata, onde uma fábrica de produtos químicos da Chisso Corporation despejou produtos químicos tóxicos em águas residuais industriais por décadas.

O filme começa com uma breve visão geral da história da doença. Em seguida, segue os pacientes e seus familiares ao longo de anos de lutas legais e médicas para obter justiça.

Hara usa uma abordagem metódica e imparcial para contar sua história. Ele evita sentimentalismo ou exploração, concentrando-se nas experiências reais das vítimas.

As entrevistas com pacientes e seus familiares são um dos aspectos mais poderosos do filme. Hara permite que eles falem abertamente sobre suas experiências, tanto os aspectos físicos e emocionais da doença quanto o impacto que ela teve em suas vidas.

Uma das histórias mais comoventes é a de Mizoguchi, um paciente não diagnosticado que faliu devido a contas médicas. Ele se lembra de uma vaca grande que eles possuíam, que chorou em resposta a um acidente de aragem que o feriu.

Ao longo do filme, Hara também mostra como a doença de Minamata é uma questão política. O governo japonês, por muito tempo, minimizou a gravidade da doença e resistiu a oferecer compensação adequada às vítimas.

Minamata Mandala é um filme importante e poderoso que lança luz sobre uma tragédia negligenciada. O filme é um testemunho da força e da resiliência das vítimas da doença, bem como da injustiça que elas sofreram.

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