Hellhunters #3: O Encontro com os Profanos e a Violência Sobrenatural em um Contexto de Guerra
Hellhunters, a série da Marvel que vem sendo uma verdadeira montanha-russa de ação sobrenatural e guerra, alcança um ponto crucial em Hellhunters #3, onde o roteirista Phillip Kennedy Johnson e o artista Adam Gorham finalmente revelam o mistério por trás das forças demoníacas que ameaçam o mundo e os protagonistas da história. Ao longo das edições anteriores, a série construiu uma atmosfera tensa e cheia de violência, mas foi somente agora que a natureza dos antagonistas foi finalmente desvelada, levando os leitores a uma jornada mais profunda no universo infernal da narrativa.
A Revelação dos Profanos: Demônios Nazistas com Propósitos Sobrenaturais
A verdadeira surpresa em Hellhunters #3 vem na forma dos Profanos, criaturas recém-descobertas, que são a prole de uma união entre o Diabo e uma mulher mortal. Este conceito é, sem dúvida, uma reviravolta fascinante na fórmula tradicional de histórias sobrenaturais. Os Profanos assumem formas elementares – no caso, o inverno furioso, um prenúncio da sua chegada. Ao incorporar soldados nazistas como recipientes para espalharem o mal, esses demônios adicionam uma camada de terror e corrupção ao conflito, proporcionando uma excelente junção de guerra e mitologia sobrenatural. Através de uma série de revelações e confrontos, o leitor é levado a um mundo onde o horror sobrenatural encontra a brutalidade da guerra, com os Profanos sendo os vilões ideais para uma trama tão intensa.
O Impacto de Bucky Barnes na Equipe: Jovem Soldado e o Destino Trágico
Além dos demônios e do sangue, outro elemento de destaque é a introdução de Bucky Barnes, que se junta à equipe dos Hellhunters com apenas 15 anos de idade. A escolha de trazer Bucky para o enredo não é surpresa para quem acompanhou os primeiros anúncios da série, e é interessante notar como Phillip Kennedy Johnson mantém elementos das versões anteriores de Bucky, especialmente na sua relação com o Capitão América e o processo de amadurecimento do personagem. Como o Soldado Invernal, Bucky passou de um ajudante infantil para um agente altamente treinado de operações secretas, e a história faz uso dessas camadas para criar momentos tanto hilários quanto tragicamente proféticos.
Um dos momentos mais marcantes de Hellhunters #3 envolve Bucky pedindo para fumar com Nick Fury, o que proporciona uma leveza temporária no meio da violência constante. No entanto, essa interação entre Bucky e os outros membros da equipe também serve para destacar o destino trágico do personagem, que é prenunciado por Sebastian Szardos, o Soldado Supremo. Szardos prevê o futuro de Bucky, sugerindo seu papel inevitável como o Soldado Invernal — uma reviravolta que adiciona uma camada de complexidade emocional ao enredo.
Violência e Estilo: A Arte de Adam Gorham e Frank Martin
Um dos grandes atrativos de Hellhunters é, sem dúvida, a sua violência crua e estilosa, e isso se reflete fortemente nas páginas de Hellhunters #3. Desde o início, a ação é intensa: logo nas primeiras páginas, o personagem Hauptmann Bruckner (um dos Profanos) não hesita em arrancar a garganta de seu comandante, um momento gráfico e brutal que é imortalizado na arte de Adam Gorham e nas cores vibrantes de Frank Martin, que utiliza um tom de vermelho brilhante para enfatizar a carnificina. Esta cena, ao mesmo tempo grotesca e dinâmica, é um exemplo perfeito de como a série mescla terror e ação.
Outro momento visualmente inesquecível é a imagem de Sal Romero, o Motoqueiro Fantasma, lançando sua Harley-Davidson ao ar enquanto Bucky segura sua vida em uma das cenas mais espetaculares do número. Esta página, que é verdadeiramente digna de pôster, é um testemunho do talento de Gorham em criar cenas de ação impressionantes, enquanto Martin faz um trabalho notável com as cores, especialmente ao capturar as chamas laranja que queimam no ar frio, em um contraste fascinante com o cenário gelado.
A Ameaça do Baraphiel: O Monstro Kaiju de Hellhunters
E como se a violência não fosse suficiente, Hellhunters #3 leva a história a um novo nível com o surgimento de Baraphiel, um demônio colossal que é uma verdadeira ameaça kaiju, mas com um toque ainda mais macabro. Baraphiel, feito de cadáveres de soldados mortos, anda sobre seis pernas e é uma figura realmente aterradora. A cada passo, gêiseres de sangue jorram do corpo do monstro, reforçando sua natureza desumana e monstruosa. A arte de Gorham e o design visual do monstro criam uma sensação de caos e horror absoluto, e este monstro representa uma ameaça visceral à própria humanidade.
O Tom e o Propósito de Hellhunters #3: Heróis Matando Nazistas
No final, o que torna Hellhunters #3 tão especial é que, apesar de toda a violência e da ameaça sobrenatural, a série nunca perde de vista o seu tom inicial. A ideia de um time de heróis enfrentando nazistas é um conceito simples, mas eficaz, e o elemento sobrenatural apenas eleva a ação e o impacto emocional da história. Como Wolverine coloca de maneira brutal e simples: "isso é melhor do que o Natal". O número serve como um lembrete de que, em meio ao caos, a luta contra o mal, especialmente o mal personificado pelos nazistas, continua sendo a principal motivação dos heróis da Marvel.
Hellhunters #3 é um Marco Importante na Série
Com Hellhunters #3, Phillip Kennedy Johnson e Adam Gorham entregam uma edição cheia de revelações, ação e personagens complexos, ao mesmo tempo em que exploram temas de violência, guerra e destino trágico. A introdução dos Profanos e a dinâmica da equipe com a presença de Bucky Barnes ampliam ainda mais o escopo da série, enquanto as cenas gráficas de ação e os horrores sobrenaturais deixam claro que Hellhunters não é apenas mais uma história de guerra, mas sim uma aventura épica e sangrenta com um tom imersivo que fascina e perturba.
Com a promessa de mais sangue e segredos a serem revelados, Hellhunters segue seu caminho como uma das mais interessantes e violentas séries da Marvel, explorando o sobrenatural e o militar com uma abordagem única e emocionante.