The Rocketfellers #3 - Crítica

 Análise Completa de "The Rocketfellers #3" - Uma Visita ao Futuro da Família Mais Groove do Quadrinho

Quando vimos pela última vez a mais descolada família do futuro em The Rocketfellers #2, a trama girava em torno de um Natal muito especial. A caçada de última hora por uma árvore de Natal se transformou em um desastre, levando o pai a inventar uma solução cientificamente avançada. A "árvore perfeita" parecia ser o auge da perfeição… até que deixou de ser. A confusão gerada pelo evento gerou um caótico e hilário "Merry Mayhem". Com isso, a expectativa para o número três da série, lançado em 5 de fevereiro de 2025, aumentou. Este novo episódio apresenta uma continuação de situações cotidianas misturadas com o inusitado, mas a trama de The Rocketfellers segue se desafiando, gerando momentos de diversão e reflexão para os leitores.

Análise do Enredo de "The Rocketfellers #3"

O terceiro volume de The Rocketfellers começa com um breve prólogo, mostrando a ciber-caçadora de recompensas, Raina, em busca dos Rocketfellers. Raina, que possui uma aparência semelhante à do Glob dos X-Men, conversa com seu amado, uma versão humanóide deteriorada, que sofre de uma condição degenerativa. A tensão entre o casal e o mistério em torno de sua busca pelos Rocketfellers parece ter uma conexão com esse problema de saúde, estabelecendo um enredo emocionalmente carregado para o futuro.

Em seguida, somos transportados para o presente, onde a família Rocketfeller continua a se ajustar à vida suburbana, mas com um toque de ficção científica. O pai, Roland, está obcecado por um olho que mantém em um recipiente, o qual está lentamente sendo restaurado por drones nano-tecnológicos. Rodney, o avô, mantém sua forma atlética e é constantemente perseguido pelas senhoras da vizinhança, enquanto Richie, o jovem da família, acumula riqueza de formas legais e ilegais em seu quarto e cria objetos únicos com sua impressora 3D escondida. Rae, por sua vez, ainda sente a ausência de sua avó, e Rachel leva suas habilidades aquáticas ao extremo, nadando por longos períodos sob a camada de gelo do lago congelado.

O número 3 de The Rocketfellers termina com algumas revelações interessantes. Roland recebe notícias de seu irmão, do futuro, de que a família está prestes a crescer. Rachel enfrenta as investidas de um colega de trabalho de forma contundente, e dois irmãos soviéticos descobrem que alguém está mexendo com suas contas offshore ilegais.

Primeiras Impressões: O Desafio do Ritmo

A chegada de The Rocketfellers #3 é um marco para os fãs da série, sendo este o ponto onde os leitores que se identificam com a proposta podem se fidelizar e aqueles que ainda estavam incertos podem decidir seguir ou não com a trama. O escritor Peter J. Tomasi dedica uma boa parte da história a mostrar como o cotidiano dos Rocketfellers se torna mais excêntrico e estranho com o uso da tecnologia futurista. Para quem curte o humor leve e as situações familiares inusitadas, este é um prato cheio.

No entanto, o ritmo da narrativa começa a sofrer uma desaceleração notável. Embora o primeiro número tenha mostrado as peripécias da família com a tecnologia que leva a consequências imprevisíveis, e o segundo tenha trazido um enredo com clima natalino, o terceiro capítulo se concentra mais uma vez em situações cotidianas e hilárias, sem avançar significativamente na trama principal. Isso pode ser um ponto negativo para os leitores que esperam uma progressão mais substancial no desenvolvimento do enredo.

Arte e Apresentação: O Toque Mágico de Francis Manapul

Quando se trata de arte, The Rocketfellers mantém um alto padrão de qualidade, especialmente graças ao trabalho do talentoso Francis Manapul, que traz seu estilo único e encantador à série. Sua habilidade para criar momentos familiares emocionantes e surpreendentes, ao mesmo tempo que imprime uma vibe de ficção científica alucinante, é impressionante. Fãs do trabalho de Manapul, especialmente de sua passagem por The Flash, vão perceber o quanto sua arte continua evoluindo, trazendo ainda mais riqueza e profundidade à história.

Manapul equilibra habilidosamente os aspectos mais íntimos da vida da família Rocketfeller com a grandiosidade das cenas sci-fi, com um estilo visual que enriquece as emoções dos personagens e os elementos futuristas da trama.

Pontos Positivos e Negativos da História

Pontos Positivos:

  • Para quem aprecia histórias de comédia leve, com um toque futurista e um coração familiar, The Rocketfellers #3 é uma excelente escolha. A relação entre os membros da família é genuína e carinhosa, com todos os seus defeitos e peculiaridades, o que transmite uma sensação de acolhimento para o leitor.
  • A mistura de tecnologia futurista com o dia a dia familiar cria momentos de humor e surpresa que dão à série um charme único.

Pontos Negativos:

  • O ritmo da narrativa começa a perder força. Depois dos primeiros números, que apresentaram situações divertidas e inusitadas, a série parece entrar em uma espécie de "modo repetição", sem uma direção clara ou uma evolução substancial no enredo.
  • A falta de um enredo central definido pode ser um problema para leitores que buscam mais do que apenas cenas de diversão sem um desenvolvimento concreto das consequências das ações da família.

A Visão Geral e o Futuro da Série

Embora ainda seja cedo para definir o futuro de The Rocketfellers, uma questão relevante que surge é se a família interagirá com outros personagens do universo Ghost Machine. Até o momento, sabemos que o universo de The Rocketfellers compartilha o mesmo cenário de personagens como Geiger e Rook, mas não há confirmação de planos para um crossover entre as histórias.

Com Peter J. Tomasi e Francis Manapul continuando a colaborar, a série tem um grande potencial, mas será necessário um movimento mais claro na trama para evitar que os leitores percam o interesse em histórias que se arrastam sem um propósito definido.

Em suma, The Rocketfellers #3 entrega boas risadas e momentos de pura diversão, mas ainda precisa de um desenvolvimento mais forte para manter o engajamento dos leitores ao longo da série. Para aqueles que amam uma boa história de ficção científica com uma boa dose de humor familiar, ainda há muito a aproveitar, mas é preciso que a série ganhe um maior senso de direção nos próximos números.

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