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Behemoth #1 - Crítica

 Análise de "Behemoth" #1: Um Kaiju Surpreendente Com Elementos de Sobrevivência e Inovação

"Behemoth #1", uma nova série publicada pela Dark Horse Comics, traz uma proposta única para o gênero Kaiju, misturando monstros gigantes com uma narrativa de sobrevivência e drama pessoal. Com história de Grant Sputore e Ryan Engle, arte de Jay Martin e letras de Frank Cvetkovic, o quadrinho apresenta uma abordagem original ao subverter a expectativa comum das histórias de monstros.

A Premissa da História: Uma Heroína Inusitada em Meio ao Caos

A protagonista, Sara, é uma jovem que tem grandes sonhos. Ela é uma excelente cozinheira e possui um food truck, mas sua ambição é abrir um restaurante. Porém, os problemas financeiros, como os contínuos problemas com o carro e as dificuldades para sair da vida de um caminhão de comida, fazem com que ela se veja presa a um ciclo de dificuldades. Seu único consolo vem da relação com Manny, seu mecânico, a quem ela oferece comida gratuita em troca de serviços para manter o caminhão em funcionamento. No entanto, todos os seus planos são interrompidos de forma dramática quando um monstro gigante ataca a cidade e devora o ônibus em que Sara está, junto com outros passageiros.

Diferentemente das histórias tradicionais de Kaiju, onde a morte do herói após ser engolido pelo monstro é o ponto final, em "Behemoth" #1, isso marca apenas o início da narrativa. A história se desvia das convenções, colocando Sara no centro de uma luta pela sobrevivência dentro do próprio monstro, o que abre novas possibilidades para o desenvolvimento do enredo.

A Construção de Sara e a Introdução Lenta da Trama

Um dos maiores focos deste primeiro número é a introdução da protagonista, Sara, e o estabelecimento de suas motivações antes do ataque do monstro. Grant Sputore e Ryan Engle optam por desenvolver lentamente o personagem e o cenário, com destaque para a vida de Sara antes do evento catastrófico. Essa abordagem dá profundidade à personagem e prepara o terreno para a ação futura.

Contudo, a pacing do quadrinho pode ser considerado um ponto de atenção. Embora o desenvolvimento de Sara seja necessário para entender sua motivação, o ritmo é mais lento do que o esperado para uma revista mensal. A construção da trama inicial pode parecer demorada para alguns leitores, mas ela se justifica ao preparar o terreno para os acontecimentos que virão. Mesmo com esse ritmo mais devagar, o número mantém o suficiente de suspense e tensão para garantir o interesse na continuação da história.

A Arte de Jay Martin: A Grande Estrela do Quadrinho

A arte de Jay Martin é um dos principais atrativos de "Behemoth #1". Martin tem a habilidade de mesclar detalhes intrincados com momentos de ação mais ágeis, sem perder a intensidade visual. A criação do monstro Behemoth é um dos destaques: com um design distinto que homenageia os monstros clássicos de filmes de Kaiju, o Behemoth tem uma aparência imponente e ameaçadora, perfeitamente representada nas ilustrações.

A cores e tintas utilizadas por Martin trazem um tom sombreado e sujo, ideal para a atmosfera de destruição e horror que permeia o quadrinho. Embora as ilustrações se destaquem, com cenas intensas e viscerais de caos, há alguns problemas técnicos com o uso das sombras e detalhes mais distantes. Em certos momentos, o traço parece apressado, o que pode prejudicar a clareza da cena. Contudo, esses momentos são pontuais e não tiram o mérito do trabalho visual como um todo.

A História de "Behemoth" Como um Todo: Um Início Promissor

"Behemoth #1" oferece uma ideia única dentro do gênero Kaiju, misturando elementos de sobrevivência, com foco em personagens e emoções, enquanto também apresenta um monstro de grande escala e destruição. A história, embora com um início mais lento, constrói um grande potencial, sendo mais eficaz quando considerada em um formato de volume completo do que como um quadrinho mensal, onde a paciência do leitor pode ser mais testada.

Os roteiristas Grant Sputore e Ryan Engle criaram uma narrativa envolvente ao afastar-se dos clichês típicos de histórias de monstros, priorizando os aspectos humanos e emocionais da sobrevivência. Já o trabalho de Jay Martin nas ilustrações eleva a história, trazendo uma experiência visual cinematográfica que prende o leitor desde o primeiro momento.

Apreciação do Gênero Kaiju e Sobrevivência

Para os fãs de Kaiju e horror de sobrevivência, "Behemoth" #1 tem muito a oferecer. Embora o ritmo lento possa ser um fator de desaceleração para alguns, a originalidade da proposta e o desenvolvimento da protagonista fazem dessa história um quadrinho interessante que promete uma jornada emocional e visualmente impactante. Se os próximos números mantiverem a qualidade do primeiro, "Behemoth" pode se tornar uma história de destaque no gênero Kaiju e um favorito de muitos fãs.

Principais Pontos do Quadrinho

  • Sara, a protagonista, é uma jovem com sonhos de abrir seu próprio restaurante, mas é interrompida por um monstro gigante que ataca a cidade.
  • O quadrinho subverte as convenções do gênero, colocando a heroína dentro do monstro como ponto de partida para a narrativa, e não o fim.
  • A pacing do primeiro número é um pouco lento, focando mais na introdução e desenvolvimento da personagem, o que pode decepcionar alguns leitores.
  • A arte de Jay Martin é o grande destaque do quadrinho, com designs detalhados e cenas de ação impactantes, embora alguns momentos apresentem falhas nos detalhes.
  • "Behemoth #1" é uma história única e promissora que mistura sobrevivência e Kaiju, apelando tanto para fãs do gênero quanto para aqueles que buscam algo novo.

"Behemoth" #1 marca o início de uma série que tem o potencial de se tornar uma leitura essencial para os fãs de Kaiju, sobrevivência e horror, oferecendo uma perspectiva única sobre os monstros gigantes e as histórias de como sobreviver ao impossível.

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