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Venom War #5 - Crítica

 Venom War #5 marca o fechamento de uma das sagas mais emocionantes do universo Marvel, reunindo elementos de ação, drama e personagens que evoluem de maneira surpreendente. Escrito por Al Ewing e ilustrado por Iban Coello, este quinto e último número da trama, lançada em 27 de novembro de 2024, serve tanto como um desfecho de um arco narrativo como uma introdução ao futuro de Venom e sua complexa relação com os personagens que compõem seu mundo.

O Fim de uma Era: Eddie Brock e o Legado do Rei Negro

Nos eventos que se desenrolam em Venom War #5, a principal reviravolta envolve Eddie Brock, o icônico anti-herói que, ao longo de sua jornada, teve sua conexão com o simbiótico amplificada ao ponto de alcançar poderes quase divinos. Como o Rei Negro, Eddie parecia imparável, mas sua crescente corrupção, influenciada pelo antagonista Carnage, culmina em uma reviravolta inesperada. Dylan, seu filho, em um ato de desespero, se vê obrigado a desconectar Eddie da mente coletiva dos simbióticos, retirando-lhe todos os poderes que o ligavam à simbiótica e devolvendo-o a um estado vulnerável e quase humano. Esse é o fim da era de Eddie como uma força dominante no universo dos simbióticos.

O Rei Negro cai, e o peso da responsabilidade passa para Dylan, que agora se vê como a última linha de defesa contra a ameaça de Meridius, um vilão que, embora presente ao longo de toda a saga, parece quase um detalhe diante do novo cenário.

Dylan: O Herói Não Esperado

O grande protagonista de Venom War #5 é, sem dúvida, Dylan Brock. Após a perda do pai e de sua transformação em um ser mais poderoso, Dylan decide usar uma fusão entre magia e ciência para criar uma versão mais pura do simbiótico. Ao fazer isso, ele transforma sua versão mais jovem em um simbiótico dourado. Essa versão do simbiótico não apenas confere a Dylan habilidades impressionantes, mas também representa uma espécie de evolução do legado do pai, agora muito mais focado em trazer a pureza para o vínculo entre hospedeiro e simbiótico.

O confronto com Meridius é um dos momentos mais curiosos do número, pois, apesar da tensão e da construção de sua ameaça ao longo de toda a saga, a derrota do vilão acontece de maneira rápida e até anticlimática. Meridius, que foi o grande antagonista da série, é derrotado quase sem resistência, o que, para muitos leitores, pode parecer uma quebra de expectativas, já que a sua ameaça vinha sendo construída como a principal causa da crise de Eddie e Dylan.

O Preço da Vitória: A Morte do Simbiótico

Embora a vitória sobre Meridius seja decisiva, ela vem a um custo altíssimo. A transformação de Dylan e o uso do simbiótico dourado resulta em uma ferida fatal no simbiótico original, que, agora, está em uma condição irreparável. A partir desse ponto, o simbiótico abandona os hospedeiros para garantir sua própria sobrevivência. Este momento simbólico representa não apenas uma perda física, mas também uma ruptura emocional para os Brock. Eddie, já devastado pela perda de seus poderes, agora enfrenta uma nova realidade onde o simbiótico não pode mais acompanhá-lo, deixando-o ainda mais vulnerável.

O que parecia ser o fim de uma batalha épica se torna um momento de introspecção para os personagens, especialmente para Dylan, que agora se encontra não apenas como o herói, mas como um símbolo de perda e sacrifício.

A Força do Simbiótico: Muito Mais Que um Parasita

Em um dos maiores méritos de Al Ewing e Iban Coello, a série leva o conceito do simbiótico para um novo patamar. Venom não é mais apenas um parasita alienígena, mas uma figura paternal para Dylan. Essa relação é explorada de maneira profunda, não só pelo vínculo emocional que os une, mas também pela maneira como o simbiótico, ao longo dos anos, evoluiu para se tornar algo mais próximo de uma figura protetora e até de uma força redentora para seus hospedeiros.

Os momentos de heroísmo, como a transformação de Dylan, são capturados com uma sensibilidade rara, algo que se reflete nas ilustrações de Iban Coello. Ele faz um trabalho primoroso ao transmitir emoções complexas com olhos vazios e dentes afiados, características comuns ao simbiótico, mas que, sob sua caneta, ganham um peso emocional genuíno.

A Escolha de Localização: Um Cenário Íntimo e Impactante

Outro ponto notável de Venom War #5 é a decisão de manter a batalha final dentro de um espaço restrito e familiar. Mesmo com as apostas altíssimas e a ameaça global de Meridius, a série escolhe um ringue de luta como o cenário da batalha climática. Esse ambiente não apenas mantém a ação mais centrada, como também oferece ao leitor uma sensação de intimidade, à medida que se acostuma com o espaço e o clima da luta. A escolha de Coello em não expandir a ação para um campo de batalha global ou devastador ajuda a equilibrar a grandiosidade do evento com a simplicidade das relações pessoais que são o verdadeiro centro da narrativa.

Um Futuro Incerto para o Protetor Letal

Com a Venom War #5, Ewing e Coello entregam um final emocionalmente profundo e surpreendentemente contido, deixando os leitores com várias perguntas sobre o futuro de Dylan Brock e a natureza do simbiótico. A falta de uma vitória explosiva e o encerramento de Eddie como um dos maiores protagonistas da saga do Venom indicam que a jornada para o futuro será de transformação e redenção, mais do que de puro confronto.

Este número não é apenas o fim de um arco, mas o ponto de partida para novas histórias, novas tensões e um novo entendimento do legado dos Brock e do simbiótico. Venom War #5 é, portanto, uma leitura obrigatória para aqueles que buscam mais do que ação: ela oferece um mergulho emocional profundo na vida dos personagens e as consequências de seus atos.

Venom War #5, escrito por Al Ewing e ilustrado por Iban Coello, foi publicado pela Marvel Comics e chegou aos leitores em 27 de novembro de 2024, proporcionando uma conclusão impactante e, ao mesmo tempo, reflexiva para uma das sagas mais complexas do Lethal Protector.

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