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The Incredible Hulk #20 - Crítica

 A Análise Completa de The Incredible Hulk por Phillip Kennedy Johnson: Quando o Horror e o Poder Colidem

The Incredible Hulk tem se destacado recentemente no universo dos quadrinhos, e a edição mais recente, lançada em 11 de dezembro de 2024, é um exemplo perfeito do que acontece quando a narrativa e os elementos visuais se unem para criar algo realmente impactante. Phillip Kennedy Johnson, o escritor por trás desta fase da série, tem guiado os leitores por uma jornada de horrores abismais e batalhas épicas, sempre mantendo o suspense e a adrenalina a mil. Se o auge parecia ter sido atingido no número anterior, Johnson prova que sempre há algo maior, algo mais aterrador para enfrentar. Agora, a história se concentra na relação de Charlie com a Lycana Godskin, uma entidade poderosa que ela agora abriga, e nos terríveis eventos que se desenrolam a partir disso.

Os Lobos Selvagens Buscam Vingança

O início deste número mergulha diretamente nas consequências das ações de Charlie. Os lobos selvagens, que ela havia abandonado anteriormente, estão agora à deriva e em busca de algo que lhes permita se vingar de quem quebrou o pacto com eles. O que se segue é uma atmosfera de horror primal, onde a sede por destruição e vingança toma conta dos personagens, mostrando um lado obscuro e implacável do universo Hulk. Essa caça à vingança estabelece uma tensão crescente, como se estivéssemos à beira de uma nova calamidade.

Enquanto isso, Charlie começa a explorar os novos poderes que agora possui, tornando-se uma versão mais rápida e forte de si mesma. Sua relação com Hulk se aprofunda à medida que ela consegue acompanhar o monstro verde em força e velocidade. Porém, Banner tem um lembrete crucial: o que Charlie ganhou não é apenas poder—é uma maldição, e as implicações disso se tornam cada vez mais evidentes à medida que a história se desenrola.

O Peso das Decisões: A Quebra de um Pacto

O conflito se intensifica quando Werewolf by Night faz uma aparição, alertando Charlie sobre a gravidade de suas ações. Ele explica que, ao quebrar um pacto, Charlie não apenas arriscou sua vida, mas também desafiou forças muito maiores do que ela imaginava. A tensão cresce à medida que os dois se transformam e enfrentam um ao outro, um confronto que poderia significar consequências catastróficas para ambos.

Enquanto isso, Hulk é confrontado por um dos lobos selvagens de Las Vegas, uma conexão direta com eventos anteriores. Após uma demonstração do imenso poder de Hulk, o lobo é literalmente esmagado, mas o que emerge do impacto é algo muito mais aterrador do que um simples lobo selvagem. Essa revelação cria um mistério que promete trazer novos desafios para o futuro imediato.

O Elemento Visual: Arte e Cor que Complementam o Horror

A arte de Danny Earls se destaca neste número, oferecendo uma abordagem equilibrada entre a diversão e a intensidade do horror. Seu estilo traz uma vibe tradicional de quadrinhos, mas com uma presença sombrias e gráficas quando se trata dos elementos sobrenaturais. As transformações dos lobos, por exemplo, são uma verdadeira homenagem às grandes figuras do cinema de terror, lembrando as icônicas transformações de lycans. O design dos lobos é impressionante e traz à tona uma sensação de terror visceral.

A paleta de cores de Matthew Wilson complementa de forma perfeita a arte de Earls. Ele utiliza uma gama de tons que criam uma sensação de desassossego, mesmo nos momentos mais tranquilos da história, quando Charlie e Hulk estão em descanso. O uso estratégico de sombras e luzes ajuda a manter o clima tenso, preparando o terreno para os horrores que ainda estão por vir. Wilson consegue transformar até os momentos de paz em algo desconfortável, uma constante lembrança de que o mal está sempre à espreita.

O Equilíbrio da Narrativa: Como Phillip Kennedy Johnson Consegue Manter o Interesse

O grande mérito de Phillip Kennedy Johnson neste número é sua habilidade de construir um ritmo perfeito. Depois de atingir um pico de tensão no número anterior, o escritor poderia facilmente ter caído em um ritmo mais lento e previsível. Contudo, Johnson mantém a trama em movimento, apresentando novas ameaças e revelações enquanto aprofunda a história de Charlie e suas novas responsabilidades com seus poderes recém-adquiridos. Ao contrário do que poderia ser um número de "preenchimento", esta edição não apenas avança a história de maneira empolgante, como também nos lembra de que sempre há mais por trás dos grandes poderes—e as consequências nem sempre são nobres.

A inserção de Bruce Banner em um nível subconsciente durante a edição é uma jogada brilhante. Sua presença serve para lembrar Charlie de que, com grandes poderes, vem uma responsabilidade imensa. Não se trata apenas de força, mas também da carga emocional e moral que acompanha esses dons.

Um Grande Passo para a História do Hulk

Em termos de impacto, este número de The Incredible Hulk merece uma nota de 8.5/10. Johnson, com maestria, conseguiu evitar a armadilha do “número de transição” ao apresentar novas ameaças, aprofundar personagens e construir tensão de forma contínua. O equilíbrio entre os elementos de ação e os temas mais sombrios do horror e da maldição é o que torna este arco realmente fascinante. Charlie, Hulk e os lobos selvagens são os grandes motores da trama, mas o que realmente impressiona é como todos esses elementos se entrelaçam, criando uma narrativa imprevisível e cheia de reviravoltas.

Para os fãs de quadrinhos de terror, aventura e ficção sobrenatural, esta edição de The Incredible Hulk é uma leitura obrigatória. Johnson, Earls e Wilson têm criado uma das fases mais interessantes e visualmente impactantes do herói verde, e parece que as coisas ainda estão longe de chegar ao fim. As grandes batalhas estão à frente, e o que é certo é que Charlie, Hulk e o universo ao seu redor serão postos à prova de formas nunca antes vistas.

 Com um equilíbrio perfeito entre narrativa e arte, The Incredible Hulk continua a cativar e a surpreender, mantendo os leitores na ponta da cadeira e prontos para os horrores que ainda estão por vir.

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