Ofertas do dia da Amazon!

Fairy Tail 2 (PlayStation 5) - Análise

 Fairy Tail 2: Uma Análise Completa do Jogo para os Fãs da Série

Fairy Tail, a famosa série de mangá criada por Hiro Mashima, segue as aventuras de Natsu Dragneel e seus amigos da guilda Fairy Tail em busca de uma variedade de objetivos, incluindo a procura pela misteriosa dragão Igneel. Publicada entre 2006 e 2017, a série rapidamente se tornou um ícone, com mais de 72 milhões de cópias vendidas até 2020, tornando-se uma das mangás mais vendidas de todos os tempos. Para os fãs de anime como Dragon Ball, Naruto e Bleach, Fairy Tail é uma obra que conquistou corações e mentes, mas o que acontece quando essa história é adaptada para o mundo dos jogos? O jogo Fairy Tail 2, lançado em 13 de dezembro de 2024, tenta responder a essa pergunta.

A sequência do jogo baseado na série, desenvolvida pela Gust e publicada pela Koei Tecmo Games, nos leva até o final da saga com o arco de Alvarez, onde a guerra entre Fairy Tail e o império Alvarez de Zeref atinge seu auge. Para quem já é fã do mangá ou do anime, a história é uma continuação direta que traz familiaridade, mas e quanto à jogabilidade e à experiência de jogo? Vamos explorar isso.

A História: O Fim da Jornada

Fairy Tail 2 nos coloca na reta final da série, onde os personagens enfrentam os Spriggan 12, guerreiros de elite de Zeref, em uma batalha épica para proteger o mundo de Fiore. Zeref, com a ajuda de Acnologia, busca reescrever a história e destruir a magia infinita do Fairy Heart, que reside no corpo de Mavis, a primeira mestre da guilda Fairy Tail. Se você já conhece a história de Fairy Tail, nada de muito surpreendente acontece, mas para quem não acompanhou ou abandonou a série no meio, o jogo oferece uma versão condensada da trama.

No entanto, embora os eventos sejam familiares, o jogo não oferece muitas surpresas. A exploração de Fiore é limitada, com muitos bloqueios invisíveis e áreas acessíveis apenas quando personagens específicos estão desbloqueados, o que prejudica um pouco a sensação de liberdade. As side quests (missões secundárias) também não contribuem muito para o enredo, sendo basicamente tarefas de coleta que não aprofundam a história ou o mundo do jogo.

A Exploração: Limitada e Superficial

Fiore, o mundo onde a guilda Fairy Tail se encontra, é parcialmente explorável. Contudo, o jogo falha em criar um ambiente totalmente imersivo. Há várias caixas, chefes especiais, pontos de descanso, marcos e pontos brilhantes espalhados pelos campos, mas, devido à falta de variedade e à repetição constante, rapidamente a exploração se torna entediante. As side quests são simples missões de coleta, onde você pega itens que já possui e os entrega a NPCs para receber recompensas insignificantes.

Além disso, os menus do jogo são básicos e pouco atraentes. Embora os personagens e inimigos sejam bem desenhados, a interface do usuário (UI) deixa a desejar, com uma estética sem inspiração que não convida o jogador a gastar muito tempo navegando nas opções.

O Combate: Repetitivo e Sem Profundidade

O principal atrativo de Fairy Tail 2 são os combates, mas, infelizmente, este aspecto não se destaca tanto quanto poderia. Como esperado, a maior parte do tempo será passada enfrentando inimigos, especialmente os Spriggan 12 e outras forças de Zeref. Natsu e seus amigos têm uma variedade de técnicas mágicas que podem ser usadas em combo, mas o sistema de combate é relativamente simples.

Os ataques básicos geram SP (energia) que são necessários para realizar combos mágicos, e você pode ativar um Awakening Gauge para restaurar saúde e melhorar temporariamente as estatísticas. Apesar disso, os combates não exigem muita estratégia. Embora seja possível usar Link Attacks e até realizar Unison Raids com seus companheiros de equipe, o combate tende a se tornar repetitivo, com a principal diferença sendo a dificuldade aumentada nas lutas contra chefes.

O nível de complexidade é baixo, e a maior parte das batalhas é resolvida com ataques rápidos e repetitivos. Não há muita variação entre os personagens, além de suas diferentes habilidades mágicas, e até mesmo os chefes podem ser derrotados sem grandes dificuldades quando o jogador está bem preparado.

Falta de Variedade e Imersão

Uma das grandes falhas de Fairy Tail 2 é a falta de variedade. A jogabilidade se resume basicamente a andar pelos campos, enfrentar inimigos e seguir para o próximo trecho da história. Embora o jogo ofereça conteúdo pós-jogo, ele segue a mesma rotina: explorar, lutar e avançar. A imersão que esperamos de um jogo baseado em um anime não é plenamente alcançada aqui, e a experiência é rasa.

A comparação com outros jogos de anime, como Naruto: Ultimate Ninja Storm ou Dragon Ball Z: Kakarot, é inevitável. Estes jogos conseguem capturar a essência das suas respectivas séries, oferecendo exploração livre e combates dinâmicos que fazem o jogador se sentir parte do mundo da série. Infelizmente, Fairy Tail 2 não consegue replicar essa sensação de imersão e interação com o mundo de Fiore.

Uma Oportunidade Perdida

Fairy Tail 2 é um jogo feito principalmente para os fãs da série, mas isso não significa que ele seja isento de falhas. A história, embora interessante para quem já acompanha a franquia, não apresenta nada de novo ou empolgante para atrair novos jogadores. A jogabilidade é repetitiva, com combates sem profundidade e uma exploração rasa do mundo de Fiore. As missões secundárias e os elementos de coleta também são simplistas e não contribuem significativamente para o enredo ou para a experiência do jogador.

Em resumo, Fairy Tail 2 falha em ser uma experiência completa. Os fãs da série podem encontrar algum valor em ver o final da história e jogar com seus personagens favoritos, mas se você não é um fã dedicado, o jogo provavelmente não irá impressioná-lo. O jogo tem uma boa base, mas infelizmente não a aproveita da melhor forma, deixando uma oportunidade perdida de criar uma experiência imersiva e empolgante.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem