Analisando Action Comics #1081: O Desfecho de "Phantoms" e o Futuro da Superfamília
Action Comics #1081 traz um encerramento satisfatório para a história de doze partes intitulada "Phantoms", escrita por Mark Waid. Este capítulo final não só conclui uma das tramas mais envolventes da série, como também apresenta surpresas que fazem os leitores se questionarem sobre o futuro da Superfamília. Vamos explorar os aspectos principais dessa edição, com destaque para os pontos mais marcantes, sem revelar spoilers, mas ressaltando o que torna essa conclusão memorável.
O Fechamento de "Phantoms": Inteligência e Força em Combate
Ao longo dessa história, Superman tem demonstrado que é muito mais do que apenas brawn (força bruta). Assim como as tramas da Era de Prata dos quadrinhos, a história de Action Comics #1081 destaca o uso de inteligência junto à força física, com o Homem de Aço sendo desafiado a mais uma vez usar sua mente para salvar o dia. A conclusão traz uma estratégia engenhosa que usa o próprio arquirrival do Superman, o Phantom Zone, e seus vilões para dar um desfecho cheio de surpresas. Embora os membros da Superfamília estejam na linha de frente e pareçam estar à beira da derrota, a solução de Waid é brilhante e cativante. O uso da inteligência por parte dos heróis, especialmente Superman, não só homenageia sua tradição como um herói completo, mas também dá uma sensação de satisfação e fechamento para os fãs da série.
Mon-El e o Futuro da Legião dos Super-Heróis
Outro ponto crucial do número é a resolução para Mon-El, que permanece preso na Phantom Zone e ainda precisa ser resgatado pela Legião dos Super-Heróis. Embora os detalhes sobre como isso se encaixará no futuro do personagem não sejam completamente claros, a ligação entre Superman e Mon-El foi uma das principais dinâmicas do enredo e continua sendo um elemento significativo nesta edição. Ao longo de "Phantoms", Waid enfatiza a amizade e o compromisso de Superman com Mon-El, e os leitores podem esperar que essa conexão se expanda quando o herói for resgatado — talvez até em uma futura história da Legião, o que pode acontecer em uma nova publicação que leve esse arco adiante. Essa amizade, que remonta à Era de Prata e Bronze, continua sendo uma das mais poderosas e emocionais do Universo DC.
A Arte de Skylar Patridge: Um Toque de Beleza no Enredo de Supergirl
Porém, nem todos os aspectos de Action Comics #1081 são focados na trama principal de Superman. Na parte de trás da edição, temos o encerramento da história de Supergirl escrita por Mariko Tamaki. O ponto alto aqui é, sem dúvida, a arte de Skylar Patridge, que dá vida a cada painel com beleza e detalhamento, contrastando com a narrativa irregular de Tamaki. Embora a história de Supergirl: Universe End não tenha sido tão impactante quanto se esperava, a arte de Patridge certamente brilhou, tornando as cenas visuais uma experiência agradavelmente rica, apesar dos problemas no desenvolvimento da trama.
Os Desafios da História de Supergirl e a Inclusão de Power Girl
Embora a arte tenha sido notável, a história de Supergirl escrita por Mariko Tamaki não conseguiu capturar o potencial que os fãs esperavam. A abordagem de Tamaki foi não convencional, mas careceu de pistas claras e desenvolvimentos significativos que mantivessem o leitor interessado. A introdução de Power Girl foi um dos aspectos mais controversos, especialmente considerando que a dinâmica entre Supergirl e Power Girl sempre foi baseada em uma relação mais desconfiada e cuidadosa. No entanto, Tamaki tenta estabelecer uma conexão psíquica entre as duas, algo que não faz sentido no contexto das interações passadas entre elas. Essa alteração no relacionamento entre as duas personagens pode ser vista como uma tentativa de forçar uma integração de Power Girl no núcleo principal da Superfamília da Terra, mas que, ao fazer isso, perde uma das dinâmicas mais interessantes e naturais que existiam entre as duas heroínas.
Essa tentativa de criar uma conexão forçada não só distorce a personalidade das duas, mas também quebra a química que existia entre Supergirl e Power Girl, quando esta última representava uma versão mais velha e experiente da heroína, oferecendo conselhos com base em sua própria vivência. Essa abordagem parece mais uma tentativa de forçar a inclusão de Power Girl no enredo, o que resultou em um desgaste da complexidade que suas interações anteriores proporcionavam.
A Conclusão de Mark Waid: Um Final Grande e Satisfatório para Superman
Apesar das falhas em outros aspectos, a história de Mark Waid para o Superman em Action Comics #1081 tem um encerramento memorável. Ao longo de sua trama, Waid construiu uma história repleta de tensão, ação e momentos emocionais intensos, que culminam em um desfecho grandioso para os eventos de "Phantoms". Este arco, que começou em outubro, teve um impacto considerável, e sua conclusão vem como um presente perfeito para o Natal de 2024, oferecendo aos fãs do Superman uma história sólida e emocionante para celebrar a data. A abordagem de Waid para os heróis da Superfamília, especialmente a utilização da inteligência junto à força física por Superman, foi uma das principais qualidades que fez com que essa edição fosse tão bem recebida.
Uma Edição de Contrastes
Action Comics #1081 é uma edição que traz o melhor de ambos os mundos: uma conclusão épica e inteligente para a história de Mark Waid com Superman, e a arte belíssima de Skylar Patridge para o arco de Supergirl. No entanto, o volume de críticas à história de Supergirl e a inclusão controversa de Power Girl mostram que, apesar de algumas falhas, o foco em Superman e Mon-El ainda é a força central desta edição. A despedida de Waid da série será sentida, mas espera-se que o futuro traga mais histórias que possam continuar a honrar a tradição do Homem de Aço.
Essa edição, com todos os seus altos e baixos, oferece uma experiência de leitura que mantém os fãs de Superman ansiosos para o que virá a seguir, enquanto permite que a Superfamília continue sua evolução dentro do Universo DC.