Ofertas do dia da Amazon!

Action Comics #1079 - Crítica

 A Jornada de Superman em "Action Comics #1079": Uma Batalha Épica com Kryptonianos e Cameos de Heróis

"Action Comics #1079", a décima parte da trama “Phantoms”, trouxe mais ação, tensão e grandes revelações para o universo do Superman. Criada pela equipe criativa de peso, composta por Mark Waid, Michael Shelfer e Matt Herms, esta edição está repleta de momentos cruciais que avançam a narrativa, mas também apresenta algumas falhas no ritmo e no estilo artístico. Vamos analisar este número, repleto de ação intensa, cameos de heróis icônicos e a ameaça crescente dos Kryptonianos.

O Contexto da História: O Desastre da Zona Fantasma

A trama de “Phantoms” se desenrola com o destruição da Zona Fantasma, um dos lugares mais temidos do universo de Superman, onde prisioneiros extremamente poderosos eram mantidos. A destruição da Zona foi provocada por Aethyr, uma entidade quase divina, que usou a energia do sol amarelo da Terra para manipular a Zona Fantasma de maneiras imprevistas. Para salvar o planeta, Superman tomou uma decisão difícil: destruir a Zona Fantasma, mas libertar os prisioneiros em um planeta com um sol vermelho, privado da energia que os transformaria em ameaças para a Terra.

No entanto, o plano de Superman acaba tendo consequências desastrosas. Ao invés de ser mandados para um planeta seguro, os prisioneiros são liberados diretamente na Terra, com a força incontrolável de Kryptonianos sedentos por vingança. A Justiça League recém-formada está agora encarregada de conter esse novo desastre. Mas a pergunta que todos se fazem é: com tantos Kryptonianos livres, será que nossos heróis são fortes o suficiente para impedir o caos que está prestes a se espalhar pelo planeta?

O Clima de Ação e o Papel da Justiça League

Action Comics #1079 se destaca por trazer um grande número de heróis e vilões ao centro da ação, o que eleva as apostas da história. Entre as aparições, temos Batman, Zatanna, Dr. Fate e Star Sapphire, personagens que adicionam profundidade e dinâmica à luta contra os Kryptonianos. Esse tipo de participação de cameos torna o enredo mais envolvente, com heróis conhecidos se unindo para enfrentar um inimigo comum. No entanto, a velocidade da história não permite que esses heróis brilhem tanto quanto deveriam. A história avança de forma acelerada, com cada personagem tendo uma participação curta, o que pode frustrar quem espera um aprofundamento maior no uso desses personagens.

Apesar disso, o foco da edição é claro: o perigo imediato representado pelos Kryptonianos e a luta desesperada da Justiça League para impedir o colapso da Terra. A ação se desenrola rapidamente, e momentos de grande tensão são resolvidos em algumas poucas páginas, o que, para alguns, pode parecer apressado. A narrativa se move rápida demais, com pouco tempo dedicado a cada evento significativo, e isso gera uma sensação de que a história está sendo “empurrada” para a frente sem explorar totalmente o potencial dos conflitos e personagens.

A Estilo Artístico e os Problemas de Ritmo

Um dos maiores pontos de discordância em Action Comics #1079 é o estilo artístico adotado para essa edição. O trabalho de Michael Shelfer e Skylar Patridge tem um estilo mais cartunesco, o que, para alguns, pode tirar a gravidade e a seriedade da trama. Em uma edição com tanto desespero, ação intensa e drama, o estilo mais infantilizado parece destoar, criando uma desconexão com o tom da história.

A arte, embora bem desenhada, não combina bem com a magnitude da ameaça enfrentada pelos heróis. A estética cartunesca pode funcionar bem em histórias mais leves e com um tom mais divertido (como em My Adventures with Superman ou Superman Smashes the Klan), mas, neste caso, ela diminui a tensão, tornando a situação mais amena do que realmente deveria ser.

Esse estilo acaba afetando a percepção da gravidade da situação, deixando a impressão de que o perigo não é tão grande quanto deveria. A ação pesada pedida pela história não é completamente entregue pela arte, o que prejudica um pouco a imersão do leitor na trama.

A Estrutura de Roteiro e o Problema de Ritmo

Embora a edição seja recheada de momentos empolgantes e algumas boas participações de personagens, ela também sofre com problemas de ritmo. Como mencionado anteriormente, o enredo avança muito rapidamente, o que causa um senso de superficialidade. Enquanto algumas sequências de ação são resolvidas em apenas um ou dois painéis, outras questões de maior impacto são abordadas de maneira apressada, o que dá a impressão de que a história não está evoluindo de forma satisfatória.

A estrutura semanal dessa série, com novos números sendo lançados a cada semana, também contribui para essa sensação de desaceleração ou arraste. "Action Comics" está se tornando um título que lê melhor em formato encadernado, onde os leitores podem absorver a trama sem a pressão de uma distribuição semanal. Essa sensação de "filler" em algumas edições pode ser frustrante, pois as promessas de evolução são muitas vezes cumpridas de maneira abrupta.

O Impacto das Cenas de Ação e da Dinâmica de Personagens

Embora a história sofra com o ritmo acelerado e com a arte que não combina perfeitamente com o tom desejado, o aspecto mais positivo desta edição é o alto nível de ação que ela apresenta. As batalhas contra os Kryptonianos são intensas, com um ritmo frenético, e há uma sensação de que a Terra está à beira de um colapso total. A interação entre os heróis e seus esforços para contornar o caos é um ponto forte da edição.

Além disso, as participações de outros heróis e cameos criam uma sensação de universo compartilhado, que é sempre bem-vinda nos quadrinhos da DC. Ver heróis como Batman, Zatanna, e Dr. Fate se unindo para enfrentar uma ameaça comum traz uma sensação de que, apesar dos desafios, os heróis sempre se levantarão juntos.

Um Eixo de Inconsistências, Mas Ainda Entretenedor

Em resumo, Action Comics #1079 é uma edição cheia de momentos intensos, mas também apresenta algumas falhas de ritmo e tom. Embora a história esteja cheia de ação e tensão, a escolha da arte e a velocidade com que os eventos se desenrolam diminuem um pouco o impacto emocional e dramático da trama. A presença de cameos de heróis icônicos e a interação entre eles são um dos maiores atrativos da edição, mas ainda assim, a sensação de que a trama poderia ser mais bem desenvolvida é clara.

Se você é fã de Superman e das grandes batalhas da DC Comics, com certeza encontrará algo para gostar nesta edição, mas Action Comics #1079 sofre com inconsistências que tornam a experiência de leitura um pouco menos satisfatória do que poderia ser. Com uma narrativa que parece estar se arrastando e um estilo artístico que não se encaixa com a tensão da história, esta edição deixa uma sensação de potencial não totalmente realizado.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem