O que tiver que ser (2024) - Crítica

 Análise do Filme O Que Tiver Que Ser: Uma Jornada Emocional de Descoberta Familiar

Lançado em 1 de novembro de 2024, O Que Tiver Que Ser (título original Släpp taget) é um drama sensível que explora as complexidades das relações familiares contemporâneas. Dirigido e roteirizado por Josephine Bornebusch, o filme traz uma abordagem íntima e reveladora sobre os desafios de manter a união familiar em meio a desavenças e segredos. Com um elenco que inclui Josephine Bornebusch, Pål Sverre Valheim Hagen e Sigrid Johnson, a narrativa promete ressoar profundamente com aqueles que já enfrentaram dilemas similares em suas próprias famílias.



Sinopse e Temática

A história gira em torno de Stella (interpretada por Josephine Bornebusch), uma mulher que luta para manter sua família unida em um momento de crise. A relação entre Stella e seu marido, Gustav (interpretado por Pål Sverre Valheim Hagen), é marcada por uma distância emocional, enquanto seu filho mais novo exige atenção constante e sua filha adolescente, Sigrid (interpretada por Sigrid Johnson), exibe um comportamento frio e desafiador.

Quando Gustav traz uma notícia inesperada, Stella decide que todos devem embarcar em uma viagem de carro para o torneio de pole dance da filha. O que inicialmente parece ser uma tentativa de controle se transforma em um percurso revelador. Durante as dez horas de viagem, segredos começam a emergir, ressentimentos são expostos e as verdadeiras emoções dos personagens vêm à tona.

O Que Tiver Que Ser se destaca por sua abordagem honesta e sensível sobre a dinâmica familiar, mostrando como a aparência de normalidade pode ser enganadora e como o confronto com a verdade é essencial para a cura.

Elenco e Personagens

O elenco é um dos pontos fortes do filme, trazendo performances autênticas e emocionantes:

  • Josephine Bornebusch como Stella: Sua interpretação transmite a luta interna da personagem, equilibrando controle e vulnerabilidade.
  • Pål Sverre Valheim Hagen como Gustav: O marido de Stella que, ao revelar a notícia inesperada, desencadeia a viagem que mudará suas vidas.
  • Sigrid Johnson como Sigrid: A filha adolescente que representa a rebeldia da juventude e as complexidades da relação entre pais e filhos.

A química entre os atores é palpável, criando uma representação realista das tensões e amores que permeiam as relações familiares.

Direção e Roteiro

Josephine Bornebusch, além de estrelar o filme, assume a direção e o roteiro, proporcionando uma visão única e pessoal da história. Sua habilidade em equilibrar momentos de humor com a gravidade das situações é notável, fazendo com que o público se conecte emocionalmente com os personagens.

A direção é sutil, permitindo que as interações naturais entre os membros da família se desenrolem organicamente. O roteiro, inteligente e bem construído, mantém um ritmo envolvente, onde cada revelação e cada conflito parece genuíno e necessário.

Comparação com Filmes Similares

O Que Tiver Que Ser pode ser comparado a outros dramas familiares, como A Filha Perdida e As Horas. Ambos os filmes exploram a dinâmica familiar e os desafios emocionais que surgem em contextos de crise.

Enquanto A Filha Perdida se aprofunda na complexidade das relações maternas e na solidão, O Que Tiver Que Ser foca na tentativa de reconciliação e na busca por um entendimento mútuo. Da mesma forma, As Horas aborda a luta interna das personagens femininas, embora em um contexto mais histórico e psicológico.

O Que Tiver Que Ser é uma obra comovente que explora as nuances da vida familiar de maneira honesta e envolvente. Com a direção e atuação de Josephine Bornebusch à frente, o filme oferece uma reflexão sobre o que realmente importa em nossas relações. A jornada emocional dos personagens, marcada por revelações e confrontos, promete ressoar com qualquer pessoa que já tenha enfrentado dificuldades familiares.

Se você busca um drama que trate de temas de amor, conflito e a busca por conexão, O Que Tiver Que Ser é uma escolha imperdível. Prepare-se para uma viagem emocional que revela que, mesmo nas piores tempestades, sempre há espaço para a esperança e a reconciliação.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem