Corte no tempo (2024) - Crítica

 Time Cut: Uma Viagem no Tempo que Não Vai a Lugar Nenhum

Time Cut”, dirigido por Hannah MacPherson e lançado na Netflix, está envolto em polêmicas desde seu início. Embora estivesse em produção antes de “Totally Killer”, as comparações entre os dois filmes são inevitáveis. No entanto, o fracasso de “Time Cut” não pode ser atribuído à existência de um filme superior; mesmo sem essas comparações, o filme falha em oferecer uma experiência satisfatória.



A Performance de Madison Bailey

A protagonista Madison Bailey, conhecida por seu papel em “Outer Banks”, é encarregada de levar o filme nas costas. Infelizmente, sua atuação como Lucy Field é limitada e sem nuances, resultando em uma performance que parece encalhada e deprimente. A personagem tem apenas três expressões: confusa, assustada e uma mistura de ambas. Bailey parece desejar estar em um filme melhor, o que não ajuda a cativar o público.

A Premissa do Filme

A história segue Lucy, uma jovem comum em 2024, cuja irmã, Summer, foi assassinada 20 anos antes. Após a morte de Summer, os pais de Lucy tentaram substituí-la através da fertilização in vitro. Essa premissa se torna crucial à medida que Lucy, por meio de uma descoberta aleatória, volta no tempo para 2003, determinada a encontrar o serial killer que ataca a sua irmã.

No entanto, a narrativa se complica ao considerar a questão moral: se Summer não morrer, Lucy nunca nasce. Essa é uma linha de exploração emocional que poderia ter sido mais desenvolvida, mas os roteiristas MacPherson e Michael Kennedy mal a abordam. Em vez disso, o filme se concentra em criar apostas superficiais, resultando em um final que é insano e não convincente, enquanto os personagens reagem de forma bizarra a eventos extremos.

O Desperdício de Potencial

Enquanto Lucy viaja pelo tempo, a trilha sonora inclui sucessos como "So Yesterday" de Hilary Duff, e o filme aborda a estética dos anos 2000. No entanto, “Time Cut” falha em surpreender o público, não oferecendo novas perspectivas ou riscos emocionais. Griffin Gluck, que teve um desempenho notável em “American Vandal”, é subutilizado aqui, e o elenco coadjuvante parece amador, prejudicando ainda mais a qualidade do filme.

As falas estranhas e a falta de desenvolvimento dos personagens são sintomas da incapacidade da diretora em criar um mundo interessante. Em vez de trazer à vida uma narrativa envolvente, o filme se sente como uma obrigação para os atores, resultando em uma experiência que carece de diversão.

A Falta de Diversão e Originalidade

Durante “Time Cut”, a palavra que mais veio à mente foi “desajeitada”. Apesar de ser fã de filmes de terror com conceitos inusitados, a falta de diversão neste filme é notável. O conceito de viagem no tempo, que poderia ser uma fonte de reviravoltas criativas, é desperdiçado em uma narrativa que não proporciona nem emoção nem risos. A expectativa por um filme de salto temporal emocionante se transforma em uma decepção, fazendo o espectador desejar ter seu tempo de volta.

Conclusão: Uma Oportunidade Perdida

Time Cut” é um exemplo claro de como um conceito promissor pode ser mal explorado, resultando em um filme que não entrega nem a emoção esperada nem um enredo intrigante. As comparações com outros filmes de viagem no tempo são apenas uma fração do problema; a verdade é que mesmo sem esses filmes, “Time Cut” seria um filme ruim.



Informações sobre o Filme

  • Produção: Ace Entertainment, Urban Prairie Post Production
  • Data de Lançamento: 30 de outubro de 2024
  • Duração: 1 hora e 30 minutos
  • Classificação: TV-14
  • Gêneros: Horror, Mistério, Sci-Fi, Thriller
  • Tagline: “This murder is set on repeat.”

Com a promessa de um enredo intrigante, “Time Cut” acaba por se tornar um desperdício de potencial, fazendo com que muitos espectadores sintam que o filme nunca deveria ter existido.

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