Batman: Gotham by Gaslight - The Kryptonian Age #6 - Crítica

 Batman: Gotham by Gaslight – The Kryptonian Age #6: A Tensão Aumenta e os Fios do Destino Se Entrelaçam

Batman: Gotham by Gaslight – The Kryptonian Age está em sua metade, e o sexto número da série apresenta uma narrativa ainda mais intensa e complexa, onde novos conflitos surgem, relações de poder são desafiadas e reviravoltas emocionais começam a moldar o destino dos personagens. Escrita por Andy Diggle e com a arte de Leandro Fernández, essa edição leva os leitores a uma montanha-russa de revelações e confrontos, enquanto o universo alternativo de Gotham e suas lendas começam a se conectar de maneira mais profunda com o mundo mais amplo dos heróis e vilões da DC Comics. Ao longo dessa edição, vemos a continuidade das tramas paralelas envolvendo John Constantine, Wonder Woman, o Martian Manhunter, e o incansável Clark Kent em uma versão mais vulnerável de seu alter ego, o Sheriff de Smallville.

Vignettes e a Introdução de Novos Elementos no Universo Elseworlds

Com a continuidade do formato de vignettes, que quebra a narrativa em momentos e sequências distintas, Andy Diggle introduz e desenvolve múltiplos personagens enquanto constrói a tensão para o próximo ato da história. O número começa com uma sequência que coloca John Constantine no centro de um esquema sombrio. Constantine é capturado pela League of Assassins e levado diante de Ra's al Ghul, o líder imortal e manipulador. Essa interação é fundamental para o tom da edição, pois Diggle captura de maneira brilhante a personalidade astuta e sarcástica de Constantine, enquanto Ra's al Ghul mantém seu papel como um manipulador que sabe como usar os pontos fracos de todos a seu favor.

Através de um diálogo inteligente e cheio de nuances, Constantine tenta salvar sua vida e convencer Ra's al Ghul a ajudá-lo em uma missão sob o disfarce de estar a serviço da Rainha Vitória. É nesse momento que Constantine, com sua astúcia habitual, fala sobre um homem cujo nome ecoou ao longo do tempo — uma história que o próprio Diggle insere estrategicamente para conectar o passado e o futuro de Gotham e do Universo Elseworlds. Esse encontro serve como uma ótima porta de entrada para mais desenvolvimentos que afetarão o enredo de forma significativa, mantendo os leitores curiosos sobre como o papel de Ra's al Ghul se desenvolverá nas próximas edições.

A arte de Leandro Fernández brilha especialmente neste segmento, com expressões faciais de Constantine que são absolutamente capturadas de forma brilhante, dando profundidade ao caráter e à tensão nas interações. As cenas com Ra's al Ghul também são bem delineadas, destacando a frieza e o controle que ele exerce sobre os outros.

Wonder Woman e Martian Manhunter: Uma Aliança Improvável

Enquanto o primeiro ato acontece nas sombras de Gotham, a história logo nos leva ao Pacífico Sul, onde Wonder Woman e Adam Strange continuam sua jornada após a descoberta de um monstro a bordo de sua nave. Este monstro, que parecia uma ameaça, revela-se ser Martian Manhunter, também conhecido como o Flagelo de Krypton, um ser cujas raízes em Marte o ligam diretamente aos eventos que devastaram seu planeta natal. O encontro entre Wonder Woman e Martian Manhunter é um dos destaques da edição, pois, além da luta física, eles percebem que têm um inimigo em comum: os Kryptonians, responsáveis pela destruição de Marte.

Essa aliança entre Wonder Woman e Martian Manhunter começa a se desenhar como uma força formidável, com ambos compartilhando um ódio profundo pelos Kryptonianos. Esse segmento não só introduz uma poderosa parceria, mas também lança luz sobre a ameaça Kryptoniana que se aproxima, sugerindo que há muito mais em jogo neste universo alternativo do que se imaginava inicialmente.

O trabalho de Leandro Fernández nas cenas de Wonder Woman enfrentando Martian Manhunter é impressionante, trazendo uma fluidez de movimentos e uma energia visual que acentua a dinâmica de poder entre os dois. A arte também consegue transmitir a tensão emocional de ambos os personagens, especialmente quando eles percebem que não são tão diferentes assim.

A Ameaça do Suicide Squad e Clark Kent: O Despertar da Vulnerabilidade

A edição então retorna a Smallville, onde Sheriff Clark Kent se encontra em uma situação cada vez mais perigosa. A cidade é invadida por membros do Suicide Squad, incluindo Deadshot, Slipknot, Harley Quinn, Killer Croc, Copperhead, e El Diablo, que chegam como parte de uma Exposição Wild West, mas, como é de se esperar, há uma agenda bem mais sombria por trás disso.

Enquanto a trama se desenvolve, Deadshot e Slipknot formam uma aliança com Clark Kent, mas rapidamente as intenções deles são reveladas, colocando o Sheriff de Smallville em uma situação vulnerável. A interação entre Clark Kent e os membros do Suicide Squad é uma das mais intrigantes da edição, pois Clark é desafiado de uma maneira que expõe uma fraqueza pouco vista no herói. Um detalhe interessante que Diggle introduz é a vulnerabilidade de Clark à magia, que será explorada de uma maneira inesperada e crucial para a resolução da história.

Este momento culmina em um cliffhanger dramático, onde o verdadeiro Clark Kent é revelado de forma surpreendente, adicionando uma nova camada à complexidade de seu personagem. Esse momento não só impacta a narrativa, mas também reforça a ideia de que, mesmo em um universo alternativo, Clark Kent ainda é um personagem com uma força interna que vai além de sua invulnerabilidade física.

Batman vs. Alan Scott: A Busca pelo Poder

Finalmente, a edição traz uma confrontação tensa entre Batman e Alan Scott, o Lanterna Verde original, que tem uma relação muito diferente com o poder do anel verde. Batman confronta Alan Scott sobre o fato de ele ter tomado o anel, o que não termina nada bem para o Cavaleiro das Trevas. Alan Scott, por sua vez, adquire uma nova aparência e, ao fazer isso, coloca em movimento eventos muito maiores, sugerindo que a dinâmica de poder na história está prestes a mudar radicalmente.

O desenvolvimento de Alan Scott neste contexto é fascinante, já que ele não apenas assume uma nova identidade visual, mas também se posiciona como uma força poderosa dentro desse universo Elseworlds, potencialmente desafiando figuras como o próprio Batman. Este é um desenvolvimento importante que leva a eventos maiores nos próximos números da série.

Considerações Finais: Uma História Complexa e Empolgante

Batman: Gotham by Gaslight – The Kryptonian Age #6 é uma edição cheia de ação, emoção e complexidade narrativa. Andy Diggle continua a expandir esse universo alternativo de forma inteligente, conectando personagens conhecidos com novas versões que desafiam suas trajetórias tradicionais. O trabalho de Leandro Fernández na arte é excelente, capturando tanto a ação quanto os momentos emocionais com maestria.

Este número se destaca por seu ritmo dinâmico, onde a tensão cresce gradualmente à medida que as alianças são formadas e os confrontos se tornam inevitáveis. O fato de que Batman, Wonder Woman, Martian Manhunter e até Clark Kent estão sendo explorados de maneiras tão profundas em um universo alternativo torna este título imperdível para os fãs de histórias Elseworlds. Os eventos que se desenrolam aqui têm um peso significativo para o futuro da série, e certamente deixarão os leitores ansiosos pelo que está por vir.

Com sua mistura de mistério, conflito interno e relações complexas, Batman: Gotham by Gaslight – The Kryptonian Age #6 é uma edição fundamental que solidifica a série como uma das mais intrigantes do universo da DC Comics em 2024.

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