“Como Vender a Lua”: Uma Comédia Romântica Espacial
Em meio a teorias da conspiração e uma corrida espacial fervorosa, “Como Vender a Lua” nos leva a uma intrigante trama que mistura romance, enganações e o desejo de alcançar as estrelas.
Na década de 1960, os Estados Unidos estão determinados a conquistar a Lua. A Apollo 11 está prestes a decolar, mas há obstáculos no caminho. O desastre da Apollo 1 e a sombra da Guerra do Vietnã tornam os governantes relutantes em manter o apoio financeiro ao programa espacial. É nesse cenário que entra em cena Kelly Jones, interpretada por Scarlett Johansson (sim, a mesma atriz de “Jojo Rabbit”). Kelly é uma marketeira astuta, contratada para revitalizar a imagem da missão lunar e convencer o público de que o pouso na Lua será o evento mais incrível da década. Ela é uma vigarista versátil, capaz de adotar sotaques e personas conforme necessário, e sua eficiência é inegável.
No entanto, Kelly se choca com Cole Davis, o diretor da missão Apollo 11, vivido por Channing Tatum. Cole é um sujeito certinho, e seus métodos tradicionais entram em conflito com a abordagem pouco convencional de Kelly. Apesar das diferenças, a química entre eles é inevitável, e o romance floresce entre inimigos improváveis.
Mas há um segredo obscuro: o presidente considera a missão crucial demais para admitir falhas. Sob as ordens de Kelly, a NASA prepara um plano de contingência para falsificar o pouso na Lua, caso seja necessário. Afinal, eles precisam das imagens certas para convencer o mundo de que os EUA estão à frente da Rússia na corrida espacial. Quando Cole descobre o plano, a rixa entre ele e Kelly se intensifica. Ele acredita que falsificar o pouso invalidaria o trabalho árduo de toda a equipe.
Kelly, por sua vez, debate consigo mesma. Falsificar o pouso parece mentira demais, mesmo para alguém como ela. No entanto, ela está sob as ordens de Moe Berkus (interpretado por Woody Harrelson), um influente ligado diretamente ao presidente Richard Nixon. Ameaçada com a revelação de seu passado, Kelly aceita o desafio e convoca um velho amigo, o diretor Lance Vespertine (interpretado por Jim Rash), para executar um plano tão audacioso quanto o próprio pouso na Lua. Essa operação secreta ganha o nome de “Projeto Artemis” e proporciona momentos cômicos e tensos.
A pergunta persiste: eles conseguirão cumprir a missão ou fingirão o pouso na Lua? “Como Vender a Lua” nos mantém ansiosos até o fim, questionando qual versão da história se tornará realidade. E, claro, torcemos para que Cole e Kelly superem suas diferenças e finalmente fiquem juntos.
Sob a direção de Greg Berlanti (“Com Amor, Simon”) e com roteiro assinado por Keenan Flynn, Bill Kirstein e Rose Gilroy, o filme evita o drama excessivo e foca em uma comédia romântica leve e divertida. Mesmo com um elenco incrível, cenários bem construídos e figurinos adequados, há algo que parece faltar. Ainda assim, “Como Vender a Lua” é uma ótima opção para assistir sem grandes pretensões, deixando-nos sonhar com as estrelas e os corações apaixonados. 🌙💫❤️