Mao: O Jogo das Regras Misteriosas
Você já ouviu falar de Mao? Imagine-se sentado à mesa com um grupo de pessoas, todas familiarizadas com as regras do jogo. Ou, pelo menos, a maioria delas. O baralho está pronto, e alguém começa a explicar: “A única regra de Mao que posso lhe dizer é esta…” A partir desse ponto, o jogo se desenrola. Mas há um detalhe intrigante: você não conhece todas as regras. Na verdade, não pode examiná-las. Em vez disso, precisa intuir como as coisas funcionam e jogar com o que lhe é permitido.
Mao é um jogo implícito e, ao mesmo tempo, explicitamente baseado na falta de conhecimento das regras. Cada vez que você tenta fazer algo não autorizado, outro jogador intervém, explica o movimento ilegal e o obriga a comprar uma carta do baralho central. Divertido ou irritante? Isso depende do tipo de pessoa que você é.
Lembra-se de quando joguei Bulwark: Falconeer Chronicles? A sensação é semelhante. Mao convida você a brincar mais como um brinquedo do que como um jogador sério. É como olhar para um diorama meticulosamente criado em um videogame. Os gráficos, quase impressionistas, misturam tons de azul e verde-mar que desvanecem para o cinza, com toques de amarelo e vermelho. A estética é marcante e nos faz questionar: talvez o criador esteja um pouco excêntrico? Não chegamos ao nível de Henry Darger, mas a possibilidade está lá.
Apesar da falta de dublagem no jogo, a experiência é envolvente. Às vezes, ele reinicia quando você move o mouse, mas isso é perdoável. Afinal, estamos todos bem em nosso mundo virtual.