Batman #145: Uma Teia Confusa de Trama e Transições Abruptas
Escrito por Chip Zdarsky com arte de Jorge Jiménez, cores de Tomeu Morey e letras de Clayton Cowles, Batman #145 se esforça para conciliar diversos elementos da série, resultando em uma leitura confusa e inconsistente. A edição tenta integrar tramas como "Failsafe", "Guerra de Gotham" e as histórias de backup, mas a transição entre elas é abrupta e pouco trabalhada.
Após um arco de três edições focado no Coringa, a história retorna ao confronto entre Batman e Zur-En-Arrh.
O problema é que essa mudança de foco é mal desenvolvida, deixando o leitor desorientado. A trama se desenrola em Blackgate, onde Batman e o Coringa se juntam a outros prisioneiros, incluindo Vandal Savage.
A revelação de Vandal Savage como prisioneiro parece aleatória e anticlimática. A história o coloca como um vilão secundário ao lado de Failsafe, mas sem a devida construção dramática. As explicações para sua presença e as circunstâncias de Jason Todd (de volta após sua "morte" em "Guerra de Gotham") são superficiais e pouco convincentes.
O problema central da narrativa de Zdarsky reside nas grandes lacunas de tempo e na falta de coesão entre as diferentes tramas. Mudanças bruscas de dias, semanas ou meses são feitas sem justificativa clara, como a necessidade de Batman dormir um mês antes da corrida. Essa falta de ritmo e desenvolvimento torna a história apressada e inconsistente, contrastando com o ritmo mais sólido do arco inicial.
Em resumo, Batman #145 é uma edição decepcionante que falha em conectar seus diversos elementos de forma eficaz. A narrativa apressada, as transições abruptas e as explicações superficiais geram uma leitura confusa e frustrante.