Justiceiro #4: Uma Reinvenção Explosiva e Consistente
A reinvenção de personagens legados e suas origens é um desafio no cenário moderno. Por um lado, fãs reagem com fervor a mudanças, enquanto, por outro, esses personagens são vistos como oportunidades para adaptações em diversas mídias. Apesar de nem sempre ser o caso, muitas vezes a criação de novos personagens serve apenas para impulsionar o universo.
Inspirado em Grant Morrison, o escritor David Pepose, na revista Justiceiro #4, utiliza a mitologia como referência.
Assim como as lendas, os personagens evoluem com o tempo, adaptando-se a diferentes culturas. O novo Justiceiro, Joe Garrison, representa essa evolução, mantendo a essência do personagem original.
Nesta edição, Pepose finaliza a história de origem do Justiceiro e apresenta um novo Jigsaw. Ao invés de ser uma única pessoa, Jigsaw se torna um coletivo, refletindo a experiência de Garrison como agente da SHIELD. O grupo manipula eventos políticos para iniciar uma guerra entre Symkaria e Bagalia, desestabilizando a região e, consequentemente, o mundo.
Garrison, representante de uma época anterior, busca ser um solitário, mas é auxiliado por uma equipe de apoio. Já Jigsaw se mantém anônimo, prosperando como um coletivo guiado por uma filosofia, em contraste com a busca por vingança do Justiceiro original. Essa nova dinâmica cria uma tensão interessante que será explorada em futuras histórias.
Com um roteiro sólido, Pepose desenvolve uma versão nova e duradoura do Justiceiro, equilibrado em ação, personagem e enredo. A arte simples e atraente de Dave Wachter e o uso dinâmico de cores de Dan Brown complementam a história, criando uma leitura agradável.
A reinvenção do Justiceiro em Punisher #1-4 é um sucesso, provando que é possível atualizar um personagem clássico e manter seu legado. A equipe criativa oferece uma experiência única e divertida para fãs de ação e da Marvel.