Em seu contrato com a Netflix, Tyler Perry encontrou espaço para explorar sua veia narrativa, mesclando sua marca característica de comédia e melodrama com outros gêneros.
Seu primeiro filme para o serviço de streaming, “A Fall from Grace”, o levou a experimentar um thriller jurídico. Agora, com “Mea Culpa”, o prolífico escritor e diretor vai ainda mais longe, criando um thriller erótico com um toque distintamente à la Tyler Perry, inspirado nos anos 1980. A trama evoca lembranças de clássicos como “Jagged Edge”, enquanto faz referência a outro famoso filme da década de 80, “Atração Fatal”, através de um ninho de amor acessível apenas por elevador de carga.
Mas não se preocupe, pois ainda há um desfecho surpreendente pela frente. É tão exagerado, tão artificial que não se assemelha à vida real, mas certamente funcionará para os fãs de Perry. Traições e segredos são revelados, as paixões se tornam físicas e até facas entram em cena. Perry sabe exatamente o que está fazendo. Ele não espera que tudo isso seja crível por um segundo sequer. No entanto, pode ser divertido discutir essa estranheza enquanto se degusta algumas taças de vinho.
“Mea Culpa”, de Tyler Perry, não é para todos. Muitos o considerarão uma bobagem, mas há algo admirável em um cineasta que compreende perfeitamente o que seu público deseja. Para os fiéis seguidores de Perry, será um entretenimento suficiente para uma noite tranquila em casa.