TED (2024- ) - Crítica

 Ted: uma prequela familiar com um toque profano

Para a geração que cresceu nos anos 90, antes da Internet se tornar uma força dominante na cultura popular, a televisão era uma das principais fontes de entretenimento e informação. As sitcoms familiares, em particular, ofereciam um retrato idealizado da vida americana, com valores morais claros e personagens relacionáveis.

A nova série da Peacock, Ted, é uma prequela dos filmes de Seth MacFarlane sobre um menino e seu ursinho de pelúcia falante. A série se passa em 1993 e segue a vida de John Bennett (Max Burkholder), de 16 anos, e seu melhor amigo, Ted (Seth MacFarlane).

Como era de se esperar de MacFarlane, Ted não é uma sitcom familiar tradicional. A série é cheia de humor profano e metatextual, e os personagens são mais complexos e problemáticos do que os típicos protagonistas de sitcoms.

Em um episódio, John e Ted discutem quem eles comeriam primeiro em um cenário de sobrevivência. A discussão é inicialmente engraçada, mas logo se torna um debate existencial sobre o valor da vida humana.

Outro episódio apresenta uma piada sobre Bill Cosby, que é tão óbvia que parece fora de lugar no contexto da série. A piada serve para quebrar a fachada vintage do programa e lembrar aos espectadores que Ted é uma obra de ficção contemporânea.

Ted é uma série engraçada e bem-feita, mas também é uma série que está tentando ser algo mais. A série explora temas como a moralidade, a identidade e o significado da vida.

O elenco de Ted é um de seus pontos fortes. Max Burkholder é convincente como John, e Alanna Ubach é excelente como Susan, a mãe de John. Ubach traz uma sensibilidade estranha e perturbadora à personagem, que a torna mais complexa e interessante do que a típica dona de casa da sitcom.

No geral, Ted é uma série promissora. A série tem seus momentos engraçados, mas também tem algo a dizer sobre a natureza da família, da amizade e da vida.

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