Inshallah a Boy (2024) - Crítica

 Inshallah a Boy: um drama poderoso sobre uma mulher em luta

Em um festival de cinema, é comum ouvir falar dos filmes mais comentados. No Festival Internacional de Cinema de Toronto de 2023, um dos filmes mais esperados era Inshallah a Boy, do cineasta jordaniano Amjad Al Rasheed.

O filme conta a história de Nawal, uma viúva que, após a morte repentina do marido, se vê obrigada a lutar por sua parte na herança. De acordo com as leis da Jordânia, a família do falecido deve ficar com todas as suas posses, inclusive a casa que Nawal pagou, simplesmente porque ela não tem um filho.

Nawal é uma mulher forte e determinada, mas ela se vê diante de uma situação impossível. Ela não tem como pagar um advogado e a família do marido é poderosa e influente. Desesperada, ela decide fingir uma gravidez.

Hawa, a atriz palestina que interpreta Nawal, entrega uma atuação brilhante. Ela consegue transmitir o cansaço, a frustração e a determinação de uma mulher que está lutando por sua sobrevivência.

O filme não dá respostas fáceis. Em vez disso, ele oferece um olhar honesto sobre a vida de uma mulher comum na Jordânia.

Em uma entrevista, Al Rasheed falou sobre ter sido inspirado por um incidente da vida real em sua própria família. Um parente estava em uma situação semelhante à de Nawal e ele se perguntou: "E se ela disser não? E se ela decidir lutar e quais são suas opções?"

É notável como essa investigação levou Al Rasheed a escrever e dirigir um drama tão convincente sobre os limites e as libertações da fé.

Inshallah a Boy é um filme poderoso e comovente que merece ser visto. É um retrato honesto de uma mulher em luta por sua sobrevivência e por seus direitos.

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