All Dirt Roads Taste of Salt (2023) - Crítica

 All Dirt Roads Taste of Salt: Uma viagem sinuosa pela memória

No início do filme de estreia de Raven Jackson, “All Dirt Roads Taste of Salt”, Mack (Kaylee Nicole Johnson) está pescando com seu pai, Isaiah (Chris Chalk). Ela está aprendendo a pescar, e ele está lhe dando instruções calmas e pacientes. "Devagar", ele diz. "Sem pressa."

Essas palavras são um eco ao longo do filme, que é uma exploração poética da vida de Mack, desde sua infância no Mississippi até seus anos de cabelos grisalhos. As memórias de Mack são apresentadas de forma não linear, como uma estrada sinuosa que serpenteia por momentos mundanos e que definem a vida.

Um nascimento, um primeiro beijo, desventuras juvenis e momentos fraternos compartilhados apenas por Mack e sua irmã Josie (Jaya Henry) são todos capturados com uma sensibilidade e um senso de maravilha que nos transportam para o mundo de Mack.

Jackson usa o cinema para criar uma experiência sensorial que nos permite sentir o mundo através dos olhos de Mack. Ela usa close-ups detalhados para capturar a textura das coisas, desde as fitas nos cabelos das meninas até o musgo espanhol nas árvores. O resultado é um filme que é ao mesmo tempo belo e comovente.

A água também é um tema importante no filme. Ela aparece em muitas das memórias de Mack, servindo como uma metáfora para a passagem do tempo e a conexão entre passado, presente e futuro.

O ritmo lento e contemplativo do filme é outro de seus pontos fortes. Jackson não está com pressa de contar a história de Mack. Ela nos dá tempo para saborear cada momento, para sentir a emoção e a memória que ele carrega.

“All Dirt Roads Taste of Salt” é um filme belo e cativante que nos leva em uma viagem sinuosa pela memória. É um lembrete de que a beleza está em tudo, mesmo nos momentos mais mundanos.

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