The Pigeon Tunnel (2023) - Crítica

 O documentário O Pigeon Tunnel, dirigido pelo vencedor do Oscar Errol Morris, é uma longa conversa entre o documentarista e o escritor de espionagem John le Carré.

Com pouco mais de 90 minutos de duração, o filme apresenta uma visão íntima da vida e da obra de um dos autores mais célebres do gênero.

O filme começa com Cornwell se perguntando que tipo de interlocutor Morris poderia ser. Ele o compara a um interrogador, mas com um sorriso leve no rosto. Imediatamente, o espectador percebe que Cornwell está no controle da entrevista, e que está disposto a revelar apenas o que ele quiser.

O documentário explora a relação conturbada de Cornwell com seu pai, um vigarista que o abandonou quando ele era criança. O título do filme vem de uma das visitas de Cornwell a Monte Carlo com seu pai, onde ele viu um passatempo local envolvendo tiro ao pombo.

O filme também explora o fascínio de Cornwell por Kim Philby, o espião britânico que também levou uma vida dupla como informante soviético. Cornwell vê Philby como um homem complexo e trágico, e seu interesse pelo espião é um reflexo de sua própria visão ambígua do mundo.

O Pigeon Tunnel não é um filme de revelações. Morris não pressiona Cornwell a falar sobre seus próprios segredos ou arrependimentos. No entanto, o filme é uma oportunidade de ver um contador de histórias experiente em ação. Cornwell é um mestre em manipular a linguagem e o suspense, e ele usa essas habilidades para criar uma narrativa envolvente e fascinante.

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