Wilderness (2023- ) - Crítica

O título do novo thriller psicológico do Prime Video, Wilderness, é uma metáfora para o relacionamento amaldiçoado de Liv e Will.



 O casamento deles parece perfeito na superfície, mas está enraizado em problemas de abandono e as chances de sobreviverem juntos são praticamente inexistentes.


A série evoca um clichê narrativo: a mulher injustiçada no caminho da vingança. Faz claramente referência a sucessos como Fatal Attraction e Gone Girl, chegando a usar a frase "bunny-boiler" em algum momento. Apesar desses clássicos surgirem em segundo plano, o drama de TV ganha pontos por tentar algo diferente com o assunto.


Os primeiros episódios de Wilderness são distorcidos e divertidos, enquanto Liv desvenda a teia de mentiras de Will e planeja vingança. É exagerado e carnudo. No entanto, a excitação diminui na segunda metade da série.

Infelizmente, Wilderness volta atrás em sua própria promessa de uma história complexa de vingança, desejo e morte que tudo consome, concluindo com uma versão tímida da história que começou. O roteiro de Marnie Dickens é baseado no romance homônimo de BE Jones – mas o livro é muito mais audacioso e divertido do que sua adaptação. A série não assume tantos riscos criativos e acaba sendo um thriller direto e um tanto enfadonho, atenuando o impacto de seu início envolvente.

A série começa quando Liv e Will se mudam do Reino Unido para a cidade de Nova York depois que ele consegue um novo emprego chique. Significa um apartamento luxuoso e um novo começo, longe de suas respectivas famílias tóxicas. No entanto, quando ela descobre a infidelidade dele com uma colega de trabalho, Cara, a imagem de Liv de um casamento feliz é destruída.

Ele finalmente a convence a tirar as férias dos seus sonhos, viajando pelo deserto do Arizona, como uma forma de se reconectar. E é aí que ela percebe: o terreno perigoso também é o local perfeito para um “acidente”. Se ela se livrar de Will, ela se livrará de ter que morar com ele e de saber que ele poderá seguir em frente com outra mulher.

O crédito é devido porque o roteiro de Wilderness consegue retratar Liv como uma pessoa complicada. Ela é a doente, a heroína, a vilã e a mulher comum. Ela aceita suas falhas porque sabe que é incapaz de se livrar do homem traidor com quem está amarrada.

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