Orca (2023) do diretor Sahar Mosayebi é um filme iraniano que explora a vida de uma jovem nadadora que sonha em participar das Olimpíadas, mas enfrenta diversos obstáculos sociais, familiares e pessoais.
O filme é uma obra-prima de narrativa, fotografia e atuação, que retrata com sensibilidade e realismo os dilemas e as emoções da protagonista, interpretada pela talentosa Narges Rashidi.
O título do filme faz referência ao apelido que a personagem recebe de seu treinador, que a considera uma orca, um animal forte, inteligente e livre. A metáfora é usada para contrastar a situação da jovem, que se sente presa e limitada pelas convenções de sua sociedade, que não valoriza o esporte feminino e impõe restrições à sua liberdade de expressão e de escolha. A orca também simboliza a solidão e o isolamento da personagem, que se vê sem o apoio de sua família, que não compreende sua paixão pela natação e quer que ela se case com um homem que ela não ama.
O filme é um drama intenso e emocionante, que nos faz torcer pela personagem e nos envolve em sua jornada de superação e de busca por sua identidade. A direção de Sahar Mosayebi é primorosa, criando cenas belas e impactantes, que capturam a beleza do mar e da natação, mas também a opressão e a violência que a protagonista sofre. A trilha sonora é outro ponto forte do filme, que combina músicas tradicionais iranianas com sons contemporâneos, criando uma atmosfera envolvente e original.
Orca (2023) é um filme que merece ser visto e aplaudido, pois é uma obra de arte que nos faz refletir sobre questões universais, como os sonhos, os desafios, os preconceitos e as escolhas que fazemos na vida. É um filme que nos inspira a lutar por nossos ideais e a não desistir diante das adversidades. É um filme que nos mostra a força e a beleza da orca, que nada contra a corrente e busca sua liberdade.