Tudo Bem no Natal Que Vem (2020) - Crítica

Tudo Bem no Natal Que Vem é um filme brasileiro de 2020, do gênero dramédia. É o primeiro filme brasileiro natalino produzido pela Netflix. O elenco é formado por Leandro Hassum, Danielle Winits, Elisa Pinheiro, Louise Cardoso, Arianne Botelho, Miguel Rômulo, Rodrigo Fagundes, José Rubens e Levi Ferreira.

Jorge é um homem que odeia o Natal por ter nascido no dia 25 de dezembro. Após um acidente em sua casa, ele passa a acordar apenas nas vésperas da data, sem lembrar que viveu durante o ano inteiro.

Um pai de família fica preso num loop temporal do dia 24 de dezembro – logo ele, que odeia o Natal. Agora, esse homem rabugento vai aprender o que realmente importa. 

Do meio para o final do filme até fica razoável, mas as piadas são fracas e bem previsiveis, a referência que fizeram de um episódio da série de "Todo mundo odeia o Chris" em que o cunhado de Julius sempre pede dinheiro pra ele iniciar um novo negócio, no caso o cunhado do Jorge pedindo dinheiro no natal para um novo negócio só mostra quão sem idéias o autor deveria estar. A trilha sonora e alguns outros detalhes só refletem a americanização que fazem nos nossos filmes brasileiros que são vistos pela maioria como "isso que é filme brasileiro bom, não tem palavrão, nem apelações", na minha opnião esse é mais um motivo do cinema brasileiro estar estagnado. A fotografia do filme está muito boa. Na carência de filmes brasileiros que estamos vivendo faz com que o público ache esse filme bom.

A obra gira em torno de Jorge (Hassum), que odeia o Natal. Ele nasceu no dia 24 de dezembro e na sua infância nunca teve uma festa decente, pois não era o centro das atenções. Mais velho, evitou a data por um tempo, mas quando se casou com Laura (Elisa Pinheiro), foi impossível ignorá-la com as crianças ansiosas para receber um presente do Papai Noel.

Direcionando o texto para os perrengues do Natal no Brasil, o roteirista utiliza a personalidade rabugenta do protagonista para reagir a cada um dos clichês: a tradicional ida ao shopping para comprar presentes com o estacionamento entupido de carros, a fila gigante de carrinhos de compras no mercado, a divisão de receitas entre cada integrante da família, as piadas sem graça dos tios e as crianças levadas. Em resumo, é muito fácil se identificar com as situações e com os personagens.

Leandro Hassum está no caminho para se tornar o “Adam Sandler brasileiro”. O ator obteve uma bem-sucedida carreira no cinema, trabalhando com parceiros de cena recorrentes, se perdendo no mesmo personagem e agora transferindo sua carreira para a Netflix. 

 Fazendo graça ao confrontar alguns clichês, a obra sabe aproveitar a identificação do público com o tema e as situações que o protagonista se encontra, trazendo um sentimento de leveza necessário para os filmes natalinos. De vez em quando, ver um filme com essa sutileza pode trazer um bem incomensurável. Se você já assistiu Como se Fosse a Primeira Vez, Click ou Esposa de Mentirinha, todos estrelados por Adam Sandler, verá que Tudo Bem no Natal Que Vem tem a trama sugada desses filmes. Exceto por ser um projeto que mostra o Natal no Brasil como ele realmente é, não há alma no longa de Hassum. O ator mostra que também se perdeu e está sempre fazendo os mesmos personagens, com os mesmos trejeitos e caretas e sem nenhuma inovação.

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